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Foto do escritorAna Luísa Cintra

Pará apresenta primeira rede de distribuição de gás natural do Estado, confira

As instalações foram finalizadas em Barcarena, nordeste do Pará, e aguardam a chegada do gás natural da New Fortness Energy (NFE)

Foto: Alex Ribeiro/Ag. Pará

A Companhia de Gás do Pará apresentou na última segunda-feira as instalações da primeira rede de distribuição de gás natural do Estado, no município de Barcarena, nordeste paraense. Gestores da Agência de Regulação e Controle de Serviços Públicos (Arcon), Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme) e Procuradoria-Geral do Estado (PGE) conheceram as instalações e os benefícios que o gás natural trará para Barcarena e todo o território paraense.

“Estamos apresentando as instalações prontas para as secretarias. O próximo passo agora é a chegada do gás natural da New Fortness Energy (NFE), vindo de navio, que será condicionado pela Companhia Gás do Pará, e em seguida distribuído para o consumidor final”, explicou o presidente da Companhia de Gás do Pará, Flexa Ribeiro. Barcarena sedia as instalações, que já estão preparadas para o funcionamento. O governo do Estado, por meio da Gás do Pará, em um primeiro momento vai distribuir gás para empresas e indústrias locais. Na fase seguinte, também será ofertado gás natural comercial e residencial, canalizado e para veículos – GNV (gás natural veicular).

Representantes da Sedeme e Arcon, órgãos responsáveis pela fiscalização e regulação da futura distribuição do gás pela Companhia, aprovaram as instalações. “Temos o que é de mais moderno e que está despontando no mundo de matriz energética. Isso, com certeza, fará a diferença na conta de luz do paraense no futuro”, disse Paulo Bengtson, titular da Sedeme.


A principal vantagem do gás natural como fonte de energia, é ser menos poluente e gerar um menor impacto ambiental que outras fontes, como o petróleo e o carvão mineral. Além disso, o gás natural possui um grande rendimento térmico e tem um bom custo benefício, especialmente em comparação ao petróleo e derivados.

O diretor da Arcon, Eurípedes Reis, também ressaltou os benefícios. “Vai trazer menos poluentes, economia, energia renovável e atrativos para o Estado. A Arcon, como agência reguladora, atua em vários modais, inclusive no de energia, e irá controlar o serviço”, informou o gestor.

A importância do apoio jurídico foi ressaltada pelo procurador-geral do Estado, Ricardo Seffer. “Vamos dar todo o embasamento jurídico para este mercado, trabalhando em alterações e alternativas legislativas que irão regulamentar e trazer as regras para este mercado se desenvolver, em benefício da sociedade paraense”, frisou.


Apesar de todas as vantagens, o gás natural ainda apresenta riscos e não está totalmente livre dos impactos ambientais. Essa fonte de energia acaba tendo um papel importante na acentuação do efeito estufa, além de ser considerado um combustível de alto risco, especialmente quando utilizado em ambientes fechados, já que, pode causar incêndios e tem um elevado grau de toxicidade.


No Pará, a discussão a respeito da exploração dos combustíveis fósseis ganhou ainda mais destaque após a cúpula da Amazônia e as reuniões da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), onde o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, se posicionou a favor do fim de novos contratos de exploração de petróleo e gás no bioma amazônico. Porém, os demais representantes da Organização (Bolívia, Equador, Guiana, Peru, Suriname, Venezuela e Brasil) se posicionaram a favor da exploração de tais fontes de energia. O Brasil, inclusive, é o maior produtor de petróleo do grupo e está em rota de aumento da exploração na região amazônica.

Atribuições – A Companhia Gás do Pará é uma distribuidora que receberá o gás natural da New Fortness Energy, fará o beneficiamento e distribuirá pelos gasodutos. Também será responsável pela distribuição e comercialização de gás canalizado, podendo ainda explorar outras formas de distribuição de gás natural ou manufaturado, inclusive comprimido ou liquefeito, de produção própria ou de terceiros, nacional ou importado, para fins comerciais, industriais, residenciais, automotivos e de geração termelétrica.

A introdução do gás natural na matriz energética do Pará fomentará a competitividade e verticalização da indústria local, atraindo novos empreendimentos industriais a partir da utilização de um combustível mais barato pela frota veicular, no transporte público e em veículos da administração pública.

A Companhia vai proporcionar, em uma etapa posterior, uma alternativa energética com custo competitivo para os segmentos comercial e residencial.


Com informações do Diário do Pará.


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