Menos de seis meses após o lançamento, o aplicativo parece ter encontrado o seu fim e ninguém percebeu isso
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Em meio à uma verdadeira guerra entre motoristas, passageiros e plataformas de viagens, onde cancelamentos, reclamações e processos eram disparados para todos os lados, o Grupo Liberal lançou em Belém o Quick Trip, uma solução que apostava na regionalização do serviço e só. Mas o que aconteceu com o projeto?
Por volta de junho de 2021, o Grupo Liberal, em parceria com representantes de um sindicato de motoristas local, lançou uma plataforma de viagens urbanas chamada Quick Trip (agora Quick, sem Trip). As funcionalidades eram simples – Na verdade, resumia-se em passageiros desesperados chamando por motoristas cada vez mais escassos, como em qualquer outro aplicativo do mesmo formato.
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A plataforma não se diferenciava das outras (as gigantes problemáticas Uber e 99), exceto pelas evidentes limitações. Não aceitar cartão de crédito era a sua principal desvantagem.
Após a euforia do lançamento, o Quick encontrou algumas pedras no caminho. Não conseguiu chamar a atenção dos próprios motoristas, que inclusive afirmava ser fundamentais para o desenvolvimento das estratégias do negócio. Nota: entre no link do aplicativo e observe os comentários deixados por eles.
Acontece que assim como a plataforma surgiu no terreno perigoso, tentando absorver uma fatia do mercado colapsado, desapareceu do mapa sem deixar vestígios. Ou melhor, sem fazer nenhum efeito.
O perfil da empresa no Instagram está desatualizado. A equipe não publica nada desde o fim de 2021. O site está online, e o link para as lojas de aplicativos estão funcionando, porém na hora de chamar um carro, o usuário encontra o seguinte aviso:
“Aguarde! Em breve uma nova experiência no app”.
Tentamos diversas vezes chamar um motorista, mas não aconteceu. Fica a pergunta: estavam todos ocupados ou realmente não tinha nenhum parceiro conectado?
Mesmo com a ampla visibilidade da empresa controladora do projeto e com os esforços feitos junto aos "parceiros motoristas", o Quick parece não ter sido bem recebido.
O descontentamento dos motoristas, somado a revolta dos passageiros, em torno de outras plataformas respingou para o novato, de forma que não foi lhe dado uma chance? Pode ter sido isso. Ou deveria ter apresentado algo a mais, em vez de somente dizer que foi desenvolvido por aqui. Alguém deveria ter observado que isso não faz diferença.
Enquanto isso, o serviço "está como estava". Seguidos cancelamentos, reclamações infindáveis, dores de cabeça... Ah, isso nas gigantes 99 e Uber.
Perguntamos ao suporte da Quick sobre os planos futuros, mas até o momento da publicação, não obtivemos retorno.
Só resta esperar pelas "novas experiências".
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