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Economia do Pará deve ser a segunda que mais cresce no Brasil; veja números

O estado está se destacando cada vez mais. Indicadores como o índice de empregabilidade, o turismo crescente com o Círio e a COP-30, e a grande participação do Estado no PIB nacional apontam para a boa colocação do Pará em relação as outras unidades federativas

Foto: Fernando Sette

Economicamente, o Estado do Pará está se destacando cada vez mais. Indicadores como o índice de empregabilidade, o turismo crescente com o Círio e a COP-30, e a grande participação do Estado no PIB nacional apontam para a boa colocação do Pará em relação as outras unidades federativas.

Segundo dados do Índice de Atividade Econômica Regional (IBCR), interpretados pelo Instituto Mauro Borges (IMB), o Pará foi a segunda economia que mais cresceu no país, ficando a trás do Espírito Santo e a frente de Goiás.


Turismo


Para o analista do Dieese Pará, Everson Costa, os índices mostram o motivo da boa colocação do Pará. "Se você tem uma economia crescendo, você gera também novos negócios, novos empregos, esses salários movimentam e economia que cresce em outras áreas. Então você tem aqui um ciclo harmonioso. Na outra ponta, a gente está falando de uma agenda econômica no segundo semestre para o Pará que justifica esse nosso posicionamento singular em relação aos outros pares".


O especialista se refere principalmente ao Círio de Nazaré, que movimenta o turismo e a economia paraense como nenhum outro momento no ano. A demanda extra de visitantes na capital paraense durante o mês de outubro é tamanha que as companhias aéreas Azul e Gol incluíram 90 voos extras em sua programação.


Terão origem em nove cidades das regiões norte, nordeste, centro-oeste e sudeste do Brasil. Entre frequências adicionais e mudanças para equipamentos com maior capacidade, serão disponibilizados quase 16 mil assentos a mais no Aeroporto Júlio Cezar Ribeiro (Val-de-Cans) durante o período.


A estimativa é de que quase 401 mil viajantes embarquem e desembarquem nos 2.900 voos previstos para outubro no principal terminal aéreo do norte do país. 


Everson também afirma que visibilidade que o Estado ganha com a COP-30 contribui para o avanço dos números.


"Aliado a isso, a gente está falando de uma exposição e visibilidade internacional dado ao Estado por conta da COP-30, que por sua vez já carrega uma demanda de obras, de grandes eventos, de muita movimentação que está injetando na economia do Estado uma série de recursos. Isso nos coloca numa posição bem privilegiada, principalmente até o ano que vem, que é quando se realiza efetivamente o evento".

Empregabilidade


O estado encerrou o primeiro semestre deste ano com o saldo positivo de 28.401 empregos formais gerados. A maioria dos dos postos de trabalho derivaram do setor de Serviços (13.858), sendo seguido pela Construção (8.361) e pelo setor do Comércio (4.916).


No comparativo com o mesmo período de 2023, os números deste ano foram superiores em todos os meses analisados. Além disso, o total geral de admitidos no primeiro semestre de 2024 foi quase 9% superior ao do ano passado. Ou seja, em média, cerca de 41 mil admissões mensais foram registradas no Pará apenas no primeiro semestre de 2024.


Pecuária


O Pará é o segundo maior estado na criação de bovinos do Brasil, conforme os dados da Pesquisa Pecuária Municipal (PPM) 2023, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.


Com um rebanho total de aproximadamente 25 milhões de cabeças de gado, o estado paraense fica apenas atrás de Mato Grosso, que possui 34 milhões de bovinos. No total, o Brasil conta com 238,6 milhões de bovinos.


"Tem vários produtos aqui de origem, animal, vegetal e mineral que nos colocam numa condição de investimento e numa envergadura de ter mais aplicações a serem canalizados para o Estado. Hoje nós somos a décima maior economia do Brasil em se tratando de PIB. Temos aí um PIB que vai a mais de R$ 240 bilhões e temos uma perspectiva de ultrapassar a casa dos R$ 300 Bi justamente a partir de 2027", comenta o especialista.

Todos esses indicadores juntos contribuem para que o Pará se torne uma referência no desenvolvimento econômico e abra as portas para os demais investimentos a serem realizados no estado.





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