O casarão na cidade velha será reformado e se transformará na sede do Centro de Inovação e Bioeconomia de Belém (CIBB). O espaço terá o apoio de universidades e será voltado para startups, negócios de cadeia produtiva e mais; confira
O casarão Higson, da Prefeitura de Belém, onde funcionava a Secretaria Municipal de Finanças (Sefin), no Centro Comercial, será mais um espaço a receber obras emergenciais de reformas executadas pela Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria de Urbanismo (Seurb). É mais uma ação preparatória à Conferência das Nações Unidas sobre o Clima (COP-30), que será realizada na capital paraense, em novembro de 2025.
As obras devem iniciar ainda neste semestre e custar R$ 8 milhões para a reforma do prédio. Além de R$ 12 milhões à instalação e funcionamento do Centro de Inovação e Bioeconomia de Belém (CIBB).
O casarão está localizado na avenida 15 de Novembro com a travessa Frutuoso Guimarães, na Praça das Mercês. O lugar foi abandonado pela administração passada e agora vai passar por reformas para se tornar a sede do Centro de Inovação e Bioeconomia de Belém (CIBB).
O Centro de Inovação de Bioeconomia de Belém (CIBB)
A assinatura da ordem de serviço para reforma do prédio foi realizada durante o lançamento, em março deste ano.
O local vai abrigar o espaço que será voltado para:
negócios de cadeias produtivas,
atividades empreendedoras,
formação de jovens em tecnologia
startups
O espaço também contará com apoio de universidades. “Inovar tecnologicamente é um caminho importante. Vamos fazer juntos essa tarefa de criar um nova dinâmica de cadeias produtivas e que transforme Belém em uma verdadeira Cidade Inteligente. Vamos ter investimento do Governo Federal, por meio da Itaipu Binacional”, explicou o prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues.
Para a criação do Distrito, a Prefeitura contou com a parceria da World Resources Institute (WRI) Brasil. O instituto de pesquisa da WRI Brasil elaborou estudos relativos às estratégias territoriais e os arranjos institucionais, com apoio do Bezos Earth Fund. A Bioeconomia é a ciência que alia os recursos naturais com novas tecnologias.
“Fazer o distrito de bioeconomia bem no centro histórico de Belém é um primeiro passo para uma mudança muito relevante para valorizar a bioeconomia, permitir e estimular e fomentar novas outras iniciativas que vão reforçar o fortalecimento aqui do comércio, dos produtos oriundos da sociobiodiversidade”, comentou Mirela Sandrine, diretora do WRI Brasil.
Além do CIBB, a capital paraense já possui o Parque de Ciência e Tecnologia Guamá (PCT Guamá). É o primeiro parque tecnológico a entrar em operação na região Norte do Brasil e tem como principal objetivo estimular a pesquisa aplicada e o empreendedorismo inovador e sustentável.
O PCT Guamá conta com mais de 40 empresas residentes (instaladas fisicamente no parque), mais de 60 associados (vinculadas ao parque, mas não fisicamente instaladas), 12 laboratórios de pesquisa e desenvolvimento de processos e produtos, com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e a Escola de Ensino Técnico do Estado do Pará (Eetepa) Dr. Celso Malcher, além de atuar como referência para o Centro de Inovação Aces Tapajós (Ciat), em Santarém, oeste do estado.
Visita
Na tarde da última quinta-feira, 23, uma equipe da Diretoria de Obras Civis (Deoc) da Seurb participou de visita ao casarão Higson junto à equipe de dirigentes da Itaipu Binacional, que estão em Belém para operacionalizar convênios no valor de R$ 40 milhões assinados com a Prefeitura de Belém no âmbito da educação ambiental, gestão de resíduos sólidos, inovação e bioeconomia.
Segundo a Secretaria Municipal de Coordenação Geral de Planejamento e Gestão (Segep), quando o CIBB estiver instalado vai fomentar a bioeconomia e a economia criativa em Belém. Além de proporcionar um ambiente voltado para a inovação, transformando o centro histórico e a área central da cidade, como catalisador no incentivo a novos negócios.
O arquiteto da Seurb Douglas Rocha, que participou da visita ao prédio da antiga Sefin, conta a impressão que teve: “Os dirigentes da Itaipu Binacional vieram verificar se o prédio se adequa e se cabe àquilo que foi passado para eles em forma de edital. Eles ficaram maravilhados por ser um prédio antigo e histórico, e bem localizado. É um prédio da Prefeitura e, desta forma, não vai precisar alugar nem construir nada novo, só fazer adaptações. Até porque a Seurb gerenciou o contrato de limpeza e manutenção da cobertura do espaço, então é algo mais fácil de trabalhar, porque o prédio já existe”, explica Douglas.
Como o antigo prédio da Sefin é histórico, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) prepara o projeto para entregar à Segep, que gerencia o contrato com a Itaipu Binacional, e vai passar para a Seurb executar. Além disso, a Seurb vai construir, reformar ou adequar quatro galpões.
Ao final, quando a Seurb entregar a obra do casarão Higson pronta à Segep, esta vai desenvolver com a Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa (Fadesp) da Universidade Federal do Pará (UFPA) os projetos de gestão de resíduos sólidos, educação ambiental, inovação e bioeconomia, preparativos da cidade à COP-30, em 2025.
Com informações da Agência Belém
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