A procura pelos produtos atrai a atenção de empresas de outros estados e o projeto faz parte de um dos maiores programas de inovação do Pará.
A ideia nasceu a partir de uma pesquisa de faculdade. Ingrid Teles de 28 anos, cursava Engenheira de Produção na Estácio Belém, e queria responder a duas perguntas que aparentemente não tinham qualquer relação: Qual era o destino dos resíduos de uma fruta muito comum na capital paraense, a manga? E, ao mesmo tempo, queria entender como os moradores da Ilha do Combú, distrito de Belém, tinham acesso à agua (sendo uma região ribeirinha, ela sabia que dificilmente eles tinham água tratada em suas torneiras).
Em 2017, a pesquisa cientifica da paraense participou do prêmio Mútua/Anprotec de inovação e empreendedorismo, ficando em 3º lugar. Ela sugeriu que o resíduo da manga poderia ser transformado em carvão ativado para o tratamento da água para a população ribeirinha. Foi a partir dessa premiação que Ingrid passou a enxergar o projeto como um negócio.
Uma ideia sustentável e inovadora
Após mais alguns anos de estudos, Ingrid criou a Ver-o-fruto, uma startup que busca soluções para a sociedade a partir de um novo olhar para os resíduos, transformando-os em novos produtos a partir da economia circular. Atualmente, a principal atividade da empresa gira em torno do caroço do açaí, outra fruta muito comum na região, transformando-o em matéria prima para a produção de sabonetes faciais.
Após a coleta, o caroço passa por um processo desenvolvido por ela própria, até se tornar matéria prima para o sabonete facial. A composição final tem a função de realizar um detox, auxiliando na diminuição da oleosidade excessiva da pele.
Ingrid desenvolve também um projeto que utiliza esses resíduos para o tratamento de água e tem como objetivo levar água tratada para comunidades ribeirinhas da região.
A Ver-o-fruto está participando do Startup Pará na modalidade novos negócios, que é uma iniciativa da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Educação Profissional e Tecnológica (SECTET), da Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (FAPESPA) e da Secretaria de Estado de Planejamento e Administração (SEPLAD).
Informações
Instagram: Ver-o-fruto
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