top of page
central-cop-30-belem-2025.gif

Recuperação florestal no Pará pode gerar R$ 13 bilhões em receitas

Estudo conduzido pelo Instituto Escolhas revelou retorno impressionante em receita líquida

Em meio a debates sobre a necessidade de preservação ambiental e combate às mudanças climáticas, surge uma perspectiva econômica promissora: a recuperação florestal. Mais do que uma simples medida de compensação ambiental, ela pode se tornar uma robusta fonte de empregos e receitas para o país.


Um recente estudo conduzido pelo Instituto Escolhas revelou que, ao investir na recuperação de 12 milhões de hectares de florestas, o Brasil poderia alcançar um retorno de impressionantes R$776,5 bilhões em receita líquida. Para além da cifra estratosférica, a atividade ainda poderia resultar na criação de 2,5 milhões de empregos.


O número, 12 milhões de hectares, não foi escolhido ao acaso. Em 2015, durante a 21ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP21), o Brasil assumiu o compromisso de recuperar essa área florestal até 2030, como parte do Acordo de Paris.


O custo estimado para tal empreitada, conforme levantamento do Instituto Escolhas da época, seria de R$52 bilhões. Ainda que essa estimativa já tenha saltado para R$228 bilhões atualmente, o montante é nitidamente inferior aos benefícios financeiros projetados.


Sergio Leitão, diretor executivo do Instituto Escolhas, defende que o cumprimento deste compromisso é não apenas uma questão de responsabilidade ambiental, mas também uma oportunidade econômica tangível. “Além dos evidentes benefícios em receita e geração de emprego, estaríamos efetivamente removendo carbono da atmosfera e reafirmando nosso compromisso global de combate às mudanças climáticas”, afirmou.


O potencial retorno de R$776 bilhões viria, segundo Leitão, da comercialização de madeira proveniente dos novos plantios. Essa exploração ocorreria sob um regime de manejo sustentável, onde, para cada árvore cortada, outra seria plantada, assegurando um ciclo contínuo e harmonioso com o meio ambiente.


A abordagem proposta pelo estudo oferece ao Brasil uma chance de unir sustentabilidade e progresso econômico. Resta saber se as esferas de decisão do país estarão dispostas a aproveitar essa oportunidade dourada.


A recuperação florestal não é apenas uma medida ecológica essencial, mas uma estratégia que pode transformar a economia brasileira. Novos estudos e perspectivas sugerem que, com o investimento certo, o Brasil poderá não apenas atender a compromissos ambientais, mas também gerar empregos e estimular a produção de alimentos.


Uma Visão Ampla de Benefícios

Dedicar-se à recuperação florestal pode resultar em 2,5 milhões de novos postos de trabalho. Segundo Sergio Leitão, diretor executivo do Instituto Escolhas, o plantio das mudas necessárias para a recuperação florestal exigirá uma grande força de trabalho. A estratégia também tem potencial para produzir 156 milhões de toneladas de alimentos. Isso será possível por meio de um Sistema Agroflorestal, onde florestas e produção alimentar coexistem de forma harmoniosa.


Em termos de impacto ambiental, o cumprimento da meta de recuperação permitirá ao Brasil retirar cerca de 4 bilhões de toneladas de carbono da atmosfera. Entretanto, apesar do potencial massivo, o país ainda tem um longo caminho a percorrer. Até o momento, somente 79 mil hectares foram recuperados, o que representa menos de 1% do objetivo total.


O Desafio Pará

Um estudo adicional do Instituto Escolhas centrou-se no estado do Pará, identificando-o como um território-chave para avanços significativos na recuperação florestal. Os resultados sugerem que recuperar 6 milhões de hectares de florestas no Pará poderia render R$13 bilhões em receitas e criar 1 milhão de empregos. Isso poderia reduzir pela metade a pobreza no estado.


“A bioeconomia pode ser a chave para combater a pobreza na Amazônia. Ao focar na sustentabilidade, o Pará pode fazer uma contribuição significativa para a meta nacional de 12 milhões de hectares”, destaca Leitão.


Retorno sobre Investimento

Desde a assinatura do Acordo de Paris em 2015, o custo projetado para atingir a meta de recuperação quadruplicou de R$52 bilhões para R$228 bilhões. Ainda assim, o retorno potencial sobre esse investimento é vasto: R$776,5 bilhões em receitas líquidas e inúmeros benefícios secundários, desde empregos até a produção alimentar.


Como a produção de madeira, celulose, resinas, entre outros. O reflorestamento pode ser realizado em áreas degradadas ou em áreas anteriormente destinadas a outras atividades, como agricultura ou pastagem. A escolha das espécies para reflorestamento varia de acordo com o objetivo do plantio, seja para fins de produção, seja para fins de conservação e/ou recuperação ambiental.


Diferenças entre Restauração, Vegetação Secundária e Reflorestamento:

1. Restauração Ecológica:

  • Objetivo: Recuperar ecossistemas degradados ou destruídos e devolver a biodiversidade original e funções ecossistêmicas.

  • Método: Plantio de espécies vegetais nativas, regeneração natural e técnicas de manejo do solo e água.

  • Áreas: Habitualmente realizada em áreas de preservação permanente, reservas legais ou áreas degradadas que necessitem de intervenção para voltar ao seu estado natural.

2. Vegetação Secundária:

  • Objetivo: Permitir que áreas alteradas por ações antrópicas se regenerem naturalmente sem intervenção direta.

  • Método: Regeneração natural após perturbação, como corte raso, queimada, agricultura ou pastagem.

  • Áreas: Frequentemente ocorre em áreas abandonadas após uso agrícola ou outras atividades que desmataram a vegetação original.

3. Reflorestamento:

  • Objetivo: Plantar árvores, seja para fins econômicos ou de conservação.

  • Método: Plantio silvicultural de espécies nativas e/ou exóticas.

  • Áreas: Pode ocorrer em áreas previamente degradadas ou em áreas previamente destinadas a outras atividades.


Importância da Distinção:

É fundamental compreender as diferenças entre esses conceitos para direcionar corretamente as políticas públicas, os investimentos e os esforços de conservação. Enquanto a restauração e a vegetação secundária focam na recuperação da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos, o reflorestamento tem uma abordagem mais voltada para a produção ou o uso sustentável dos recursos.


Além disso, as técnicas adotadas, o tempo necessário para alcançar os resultados desejados e os indicadores de sucesso variam significativamente entre essas abordagens. Por isso, é crucial saber qual estratégia é mais adequada para cada situação e objetivo específico.


Fonte: Linkedin


VEJA MAIS


Últimas notícias

Publique uma notícia

bottom of page