Iniciativa faz parte dos esforços da multinacional em buscar inovadoras fontes renováveis de energia para sua operação
A presença de unidades fabris em território amazônico demanda da indústria local paraense um olhar para investimentos focados no crescimento sustentável desta região. Para isso, a Solar Coca-Cola, uma das 15 maiores fabricantes do Sistema Coca-Cola do mundo, que mantém uma unidade em Belém–PA, passou a aliar a busca contínua por fontes renováveis de energia que beneficiem o meio ambiente e a sociedade a um insumo típico do local – o açaí.
Como alternativa para substituir os processos a vapor que hoje, em sua maioria, são dependentes da queima de combustíveis fósseis ou de madeira e lenha, a Solar passou a investir no desenvolvimento de uma iniciativa pioneira de uso do caroço do açaí, uma biomassa sustentável, como fonte energética renovável para as caldeiras da fábrica de Belém. Essa ação já transformou 10 mil toneladas do insumo em energia renovável.
Desde 2021, a empresa adquire o caroço do fruto regional de fornecedores locais do Pará, e transforma esses resíduos em recursos. Mantendo disponibilidade de geração contínua ao longo do ano, a biomassa do açaí também tem vantagens ao apresentar um valor mais competitivo em relação ao gás natural.
Em 2022, a Solar teve uma redução média de 49% no custo de produção, se comparado ao valor que seria pago para compra do gás natural. “Além de contarmos com uma alternativa de combustível sustentável mais barata, conseguimos colaborar diretamente para a redução do lixo urbano. Nessa data tão importante do Dia da Indústria, é essencial reforçarmos que o setor industrial no Pará tem colaborado para possibilitar soluções viáveis para o descarte consciente dos resíduos”, explica o diretor regional da Solar, Luciano de Oliveira Gomes.
Ainda sobre gestão de resíduos e sustentabilidade, desde o início da implementação do projeto, em janeiro de 2020, a empresa registrou a redução de oito milhões de toneladas de lixo urbano na Região Metropolitana de Belém. Apenas em 2022, o valor recuperado foi de, aproximadamente, 2,186 milhões de quilogramas do produto, estimado em R$ 681.690,19.
A força do açaí
O caroço do açaí impacta ainda com seu potencial e força na economia local. Segundo o diretor regional da empresa, o projeto proporciona uma nova fonte de renda para produtores de açaí. “Temos visto durante esses quatro anos de projeto o impulsionamento real da economia local, a geração de emprego e fomento à renda para diversas comunidades da região. Em 2023, ele foi reconhecido e recebeu um prêmio nacional destacando o compromisso da Solar com práticas ambientais exemplares e o fortalecimento da bioeconomia no Pará”, explica Luciano.
A empresa, que já tem duas fábricas em solo paraense, gerando mais de 1.300 empregos diretos, deve fortalecer investimentos estratégicos no Pará. “Vamos manter essa aliança visionária com o Estado. Para isso, prevemos investimentos de R$ 45 milhões nos próximos cinco anos, e ainda estamos expandindo nossa estrutura, gerando novos empregos e definindo um novo padrão em inovação e desenvolvimento econômico”, finaliza o diretor regional.
Ainda em 2024, a companhia implementou no Pará seu programa de reciclagem e economia circular, o Recicla Solar. O projeto, que já está em oito estados brasileiros, apoia cooperativas locais, integrando agregadores de resíduos que compram diretamente de cooperativas, garantindo justiça e eficiência econômica para os catadores.
Fonte: Notícias Agrícolas
Leia Mais:
Descubra um novo jeito de fazer network e desenvolver novas habilidades com a Comunidade Belém Negócios
Acompanhe todas as notícias do Belém Negócios sobre a COP-30, acesse a Central da COP-30
Belém Negócios lança iniciativa Oficina de Negócios, um ambiente para preparar as empresas para a COP-30
Commentaires