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Portos paraenses são a melhor alternativa para escoar produtos do Centro-Oeste

Arco Norte consolidou-se como a melhor alternativa para escoamento de safra vindo de propriedades e empresas localizadas no norte do Mato Grosso

Porto de Barcarena/PA
Foto: Valdemar Medeiros / Wikipedia

Estudo do Grupo de Pesquisa e Extensão em Logística Agroindustrial da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (EsalqLog ) aponta que isso representa que 19% da produção do Estado tem vantagem financeira para mandar os grãos via portos de Barcarena (PA), Santarém (PA), Itaqui (MA) ou Itacoatiara (AM) em qualquer safra.


Enquanto isso, para uma parcela de 57% da produção, localizada na região central do Estado, os valores de frete de cada semana são o que definem qual porto é mais competitivo. A região sul do Mato Grosso, onde fica 24% da produção, tem sempre como vantagem o envio de soja e milho para Santos (SP) e Paranaguá (PR).


Segundo o grupo de estudo, para a cidade de Sorriso, por exemplo, que fica no centro do Estado, há momentos em que o diferencial sul e norte chega a 10%. Na primeira quinzena do mês, o frete para levar milho de Sorriso para o Arco Norte ficava em R$ 432 a tonelada, enquanto que para Santos saia R$ 496 por tonelada. Isso significa que o custo logístico para transportar via Arco-Norte era 87% do que custaria para Santos.


A EsalqLog transformou isso em um indicador de diferencial logístico. Se o número for inferior a 1 é mais vantajoso o transporte pelos portos do Arco Norte. Se for acima de 1, o mais vantajoso é para o sul. Entre 0,9 e 1,1 não está definida a melhor rota.


“O Arco Norte precisa ser mais competitivo, e para isso ainda tem muito que melhorar as rodovias de escoamento. Melhor seria ainda se a ferrovia chegasse lá”, comenta o coordenador da EsalqLog Thiago Péra.


Novas rotas de escoamento - O projeto da Ferrogrão prevê uma linha que liga Sinop ao porto de Miritituba, em Itaituba (PA), em um traçado de 900 quilômetros praticamente paralelo a BR-163. Mas uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) indica pontos inconstitucionais, como o corte em áreas de preservação ambiental pela ferrovia. O processo tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) e ainda não tem data para julgamento.


Fonte: Globo Rural



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