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Pará está na penúltima posição em ranking de competitividade global

Dados são do Índice de Inovação dos Estados de 2025, divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI)


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Rafael Medelima/COP30


A Região Norte ocupa o último lugar no ranking das regiões do Índice de Inovação dos Estados de 2025, segundo estudo divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O resultado, inalterado desde 2021, evidencia as históricas desigualdades econômicas da região, que ganha atenção internacional com Belém, no Pará, como sede da COP30, conferência da ONU sobre mudanças climáticas.


No ranking geral, a Região Sudeste ficou em 1º lugar, seguida da Região Sul, Nordeste e Centro-Oeste. Entre os Estados do Norte, o Amazonas ocupa o 16º lugar, seguido pelo Pará (18º), Rondônia (21º), Roraima (23º), Amapá (24º), Acre (26º) e Tocantins (27º).

O Pará alcançou 8º lugar no ranking de sustentabilidade ambiental e 9º em produção científica. No entanto, ficou em 23º lugar em intensidade tecnológica e criativa e 26º em competitividade global. Com relação à infraestrutura, o estado está na 13º colocação.


O índice avalia 12 indicadores nos 27 Estados brasileiros com o objetivo de mapear os principais aspectos relacionados à inovação para oferecer subsídios para o processo de tomada de decisão de políticas públicas. O estudo foi desenvolvido pela Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), por meio do Observatório da Indústria Ceará, em parceria com a CNI.


De acordo com o gerente do Observatório da Indústria Ceará e coordenador do estudo, Guilherme Muchale, o levantamento é uma ferramenta estratégica para compreender como cada estado brasileiro está posicionada na capacidade de gerar, absorver e transformar inovação em resultados concretos e serve como bússola para formuladores de políticas públicas, gestores empresariais e instituições de fomento, identificando pontos fortes e gargalos regionais.


“Ao oferecer uma comparação histórica e geograficamente detalhada, o índice também permite avaliar o impacto de investimentos, políticas e estratégias de desenvolvimento, além de fomentar a cooperação entre estados. Anualmente, ele é apresentado para diversas secretarias estaduais, conselhos empresariais e organizações da sociedade civil para utilização como subsídio a definição das estratégias de ciência, tecnologia e inovação para o desenvolvimento sustentável”, explicou ele.


COP30 e a colocação do Pará

  • Esse ano, a COP30 será realizada em Belém, no Pará, de 10 a 21 de novembro.

  • Estado faz parte da Região Norte, historicamente impactada pela desigualdade regional.

  • Em 2025, Norte ocupou o último lugar no ranking.

  • Pará ocupa 18º lugar no índice geral e 8º no critério de sustentabilidade.

  • Apesar das polêmicas pela falta possível falta de estrutura para receber o evento, o Pará ocupa a 13º colocação nesse critério.


Resultados


O Estado de São Paulo ocupa o 1º lugar no ranking pela quinta vez consecutiva, seguido por Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. O estudo mostra que nos últimos 5 anos os estados que mais avançaram no índice foram Mato Grosso do Sul (11º), que ascendeu cinco posições, e o Ceará (7º), Alagoas (22º) e o Acre (24º), que saltaram três colocações cada um. Já o Maranhão (27º), teve queda de cinco posições. A Bahia (13º), o Rio Grande do Norte (14º), a Paraíba (16º), o Mato Grosso (20º) e o Amapá (25º) também tiveram recuos, de duas colocações.


Para o diretor de desenvolvimento industrial, tecnologia e inovação da CNI, Jefferson Gomes, o avanço de estados nordestinos no índice é um sinal claro do potencial transformador da região. “Estados como Ceará, Piauí, Alagoas e Pernambuco demonstram que, com políticas adequadas e investimentos consistentes, é possível alavancar a inovação mesmo em cenários desafiadores”, disse.


Ao todo, são 12 indicadores: capital humano – graduação e pós graduação, inserção de mestres e doutores, investimento e financiamento público em ciência e tecnologia, infraestrutura, instituições, competitividade global, empreendedorismo, produção cientifica, intensidade tecnológica e criativa, propriedade intelectual e sustentabilidade ambiental.


De acordo com a CNI, o Mato Grosso do Sul foi destaque em Investimento e Financiamento Público em Ciência e Tecnologia, ao subir 11 posições e alcançar o 8º lugar nacional. Rondônia também apresentou desempenho expressivo nesse indicador, saindo da última para a 17ª colocação.


O Rio Grande do Norte subiu cinco posições no indicador Capital Humano – Graduação, alcançando o 9º lugar, enquanto o Distrito Federal subiu quatro posições, chegando à 16ª posição. Já no recorte de Capital Humano – Pós-graduação, que analisa a formação em mestrado e doutorado em áreas tecnológicas, Alagoas teve avanço de cinco posições (19º lugar) e o Tocantins, de três (22º).


Com relação ao indicador de inserção de mestres e doutores no mercado de trabalho, Goiás se destacou com um saltode oito posições, alcançando o 12º lugar, seguido do Pará, que subiu quatro posições e chegou à 14ª colocação. Com relação ao critério instituições, o Piauí avançou nove posições e ocupa agora a 8ª colocação, enquanto o Acre protagonizou uma das maiores evoluções nesta dimensão, ao subir 13 posições e alcançar o 11º lugar.


A infraestrutura também apresentou avanços importantes. Alagoas subiu 11 posições e agora ocupa a 9ª colocação. Mato Grosso do Sul avançou oito posições (11º lugar), e Goiás também subiu oito posições, alcançando o 14º lugar. No campo da Propriedade Intelectual, o Piauí teve crescimento de três posições (21º lugar), enquanto Minas Gerais subiu duas e se consolidou na 3ª colocação. Sergipe e Amapá também evoluíram, ocupando o 16º e o 25º lugares, respectivamente.


Conteúdo publicado originalmente no site Metrópoles

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