No próximo mês é celebrado no Brasil o mês da Consciência Negra, uma data que marca a luta de homens e mulheres negras pela igualdade racial e todos os seus direitos. Para incentivar, valorizar e garantir as atividades relacionadas ao mês, o governador Helder Barbalho reuniu na manhã desta quarta-feira (26), com representantes de mais de 50 comunidades quilombolas paraenses para assinar um termo de fomento que prevê o repasse de R$ 100 mil (cem mil reais) para as ações.
O encontro ocorreu no salão de atos do Palácio do Governo, após escuta às lideranças comunitárias. A ação foi intermediada pela Secretaria de Estado de Cultura (Secult), representada pelo Secretário Bruno Chagas e pela Coordenação das Associações das Comunidades Remanescentes de Quilombos do Pará – MALUNGU, representada por Aurélio Borges.
“Esta é uma política de fomento que é muito importante para nós, enquanto quilombolas, nesse mês da Consciência Negra, que está chegando. E no dia 20, que é o dia que marca esse ato, várias comunidades promovem eventos e esse custeio do fomento vai ajudar as comunidades a desenvolver atividades relacionadas a cultura da população negra no Estado”, explica Aurélio Borges, diretor administrativo da Malungu.
Carlene Printes, estudante de serviço social e representante de uma comunidade quilombola de Oriximiná, comenta que muitas vezes as comunidades não têm como realizar as celebrações por falta de recursos. “Esse fomento é muito importante, principalmente para a cultura. No mês da Consciência Negra, que para gente é o nosso mês, mês que a gente se organiza, se junta, festeja e afirma ainda mais a nossa resistência dentro do Pará, dentro dos nossos municípios e territórios. O momento é de gratidão”, destaca a estudante.
O titular da pasta de cultura, Bruno Chagas, destacou a importância do momento. “É muito importante nós marcarmos o mês da Consciência Negra com esse apoio do Governo do Estado às comunidades quilombolas e tradicionais do nosso Estado. O objetivo da assinatura do termo de fomento é justamente garantir o apoio financeiro para que durante as celebrações do mês da Consciência Negra, os quilombos - através da associação que os representa, a Malungu - possa realizar atividades voltadas ao incentivo da cultura e toda a diversidade que acontece dentro das comunidades quilombolas. O objetivo é, acima de tudo, valorizar as tradições e a cultura destas comunidades”, considera Chagas.
Museu da Consciência Negra
Também na ocasião, o governador Helder Barbalho, além de afirmar compromissos com a comunidade negra paraense, destacou que na primeira semana de novembro será assinada a ordem de serviço para o início das obras da construção do Museu da Consciência Negra, orçado em R$ 4 milhões.
”Este é um momento de apoio para que as comunidades quilombolas possam, no mês da consciência negra, fazer diversas atividades de valorização, de resgate, de fortalecimento da história de negras e negros no Estado do Pará. Além disto, o início das obras do Museu da Consciência Negra do Estado, um local que possa retratar a memória e ao mesmo tempo fortalecer pra que essa história continue viva de mulheres e homens que lutaram ao longo da sua história e que merecem de nós o reconhecimento. O Pará, com a sua diversidade territorial, com a força dos quilombos e com a tradição das comunidades negras e negros e com a força dos do Estado do Pará para que nós possamos cada vez mais valorizar a nossa gente”, afirmou o governador Helder Barbalho.
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