Como as redes sociais e seu maciço volume de informações atuam em uma guerra
Nos últimos anos, as mídias sociais forneceram uma valiosa janela para conflitos globais.
Mas enquanto a Rússia se preparava para invadir a Ucrânia, vários analistas de inteligência de código aberto e repórteres suspeitaram que um ataque de bots russo levou à suspensão de suas contas no Twitter, segundo a Ars Technica.
O que é inteligência de código aberto?
A inteligência de código aberto (OSINT) é derivada de dados disponíveis publicamente, como imagens de satélite, imagens de CCTV ou imagens postadas nas mídias sociais.
As comunidades OSINT são frequentemente ativas no Twitter, detalhando conflitos em tempo real e combatendo a desinformação.
"As pessoas compartilham imagens, geolocalam, tentam identificar os tipos de tanques, veículos armados, esse tipo de coisa", disse thomas van Linge, pesquisador da OSINT, ao Yahoo! News.
À medida que as tensões aumentavam em torno da Ucrânia, os pesquisadores foram capazes de olhar para os bancos de dados de trem públicos na Rússia - desde que fecharam - para ver para onde os trens viajavam e o que carregavam, enquanto imagens de satélite mostravam tropas russas se reunindo nas fronteiras ucranianas, segundo o MarketWatch.
Os pesquisadores também determinaram que um briefing entre o presidente russo Vladimir Putin e seu conselho de segurança não foi transmitido ao vivo, como alegou, depois de analisar os relógios de pulso dos participantes.
Mas enquanto isso pode ser uma informação valiosa...
... O Twitter suspendeu várias contas da OSINT quando a invasão da Ucrânia pela Rússia se aproximava.
Muitos usuários suspeitavam que tinham sido alvo de bots russos que relataram seu conteúdo, levando o Twitter a removê-lo automaticamente. (Ao mesmo tempo, o governo ucraniano e sites financeiros foram derrubados por ataques cibernéticos, segundo a CNBC.)
O Twitter admitiu que as contas foram suspensas por engano, mas não reivindicou nenhuma evidência de um ataque de bot, segundo o The Verge.
O chefe de integridade do site, Yoel Roth, tuitou que "um pequeno número de erros humanos" — não relatórios em massa — era o problema.
E o outro problema?
Qualquer pessoa pode postar nas mídias sociais, o que significa que nem todos os posts são uma informação cuidadosamente vetada.
De acordo com o El País, separatistas pró-russos em Donetsk e Luhansk compartilharam vídeos de supostos ataques ucranianos, que especialistas duvidaram, pois o áudio havia sido copiado de outro vídeo.
E o repórter da NBC News Scott Budman tuitou que recebeu uma dica sobre um vídeo mostrando um ataque russo — mas acabou sendo um videogame.
Conteúdo: The Hustle
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