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Novo Distrito Industrial de Santarém: Projeto Prevê 163 Lotes Industriais

Setor produtivo aguarda a concretização do projeto que deverá alavancar produção industrial no Oeste do Estado


distrito industrial de santarém
Foto: Marco Santos / Ag. Pará

Maior e mais populoso município da região Baixo Amazonas, Santarém, apesar de ser a principal economia da região, com um PIB de R$ 4,6 bilhões, conta com apenas 9% de participação da indústria em seu Produto Interno Bruto. Com a maior parte da sua economia voltada para os setores do comércio e de serviços, o setor produtivo local vê urgência na implantação de um Distrito Industrial na cidade.


Projetado pela Companhia de Desenvolvimento Econômico do Pará (Codec), o Distrito de Santarém é um desejo antigo do setor produtivo, que agora vê o projeto caminhar para a regularização fundiária da área de 160 hectares que irá receber o empreendimento, localizada nas proximidades da BR 163 e da PA 370. O projeto prevê a disponibilização de 163 lotes industriais para comercialização a preços subsidiados pelo Estado, em uma área servida por 6,5 mil km de vias, sistema de drenagem, calçadas, ciclovias, faixas de pedestres, canteiros centrais, paisagismo e rede de distribuição de energia elétrica.



A expectativa é de que, com a criação do Distrito, empresas que já estão em funcionamento em diferentes locais da cidade transfiram-se para o DI, onde poderão atuar com mais segurança jurídica e ambiental, e de que novos investimentos cheguem ao município, aproveitando os seus potenciais econômicos. De acordo com dados da Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa), Santarém é, atualmente, a principal produtora de castanha-do-Pará do Estado, terceira em produção de soja, milho e extração de madeira, além de ter potenciais na produção de mandioca, pesca, indústria de transformação, construção civil e logística.


“Temos 25 indústrias de cerâmica que hoje estão no perímetro urbano prontas para fazer parte do Distrito” - Gilliarde Gomes, proprietário da empresa Cerâmica Curuá-Una. O empresário trabalha há 17 anos no ramo e diz ser urgente a implantação do Distrito Industrial, para que as 25 empresas de Santarém que produzem telhas, tijolos, blocos e demais insumos para a construção civil, deixem o perímetro urbano do município e passem a funcionar dentro do DI. “Esse é um projeto muito aguardado por nós há muitos anos. Hoje, as empresas de cerâmica estão no centro da cidade, gerando alguns transtornos com a circulação de máquinas pesadas, por isso precisam ir para dentro do Distrito Industrial”, explica.


A empresa de Gilliarde produz cerca de 200 mil peças de cerâmica mensalmente e, segundo ele, as 25 indústrias do segmento em Santarém já estão operando com os processos tecnológicos atrasados, justamente esperando o Distrito Industrial para modernizar os equipamentos, a produção e desenvolver novos produtos.


Associação aponta necessidade de obras logísticas


O empresário da área imobiliária José Roberto Branco, que preside a Assembleia Geral da Associação Comercial de Santarém (Aces), é um dos principais entusiastas do projeto. Ele destaca a necessidade de absorção da mão de obra jovem do município com a instalação de novas empresas. “Hoje, temos uma cidade que tem mais de 350 mil habitantes, mas que também tem mais de 1 milhão de pessoas no entorno, então o Distrito vem colaborar com o desenvolvimento que o município precisa ter para fazer frente a isso”, afirma.


“Além do Distrito, também é importante lembrar que há outras obras logísticas a serem executadas, como a alça viária, a duplicação da subida da serra, a construção de três elevados e a duplicação do acesso à área portuária. Tudo isso vai ser uma ação política junto ao Estado e órgãos de desenvolvimento e que deve ocorrer paralelamente ao processo de implantação”, detalha.


José Roberto Branco adianta que o novo DI está a 6 km da área portuária, o que facilitará o escoamento da produção, inclusive para o mercado internacional. “Temos excelentes oportunidades de desenvolvimento para exportação, como na cadeia do cacau, pela proximidade com a Transamazônica, de fertilizantes, devido à proximidade de reservas de fósforo e potássio no Amazonas e Amapá, e muitos outros. A nossa cidade é o melhor investimento para daqui a 10 anos, sem dúvida”, afirma.


Fonte: Agência Pará

 

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