Mapa gastronômico de Belém promete movimentar economia na COP-30

Projeto que vai criar o roteiro realiza levantamento até fevereiro e resultados devem ser divulgados em abril

(Reprodução/Redes Sociais)

O projeto “Papa Chibé: mapa gastronômico da cidade de Belém”, desenvolvido pela Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa), vai mapear 2.500 estabelecimentos do setor de alimentação e bebidas da capital paraense, que será a sede da COP-30, a conferência mundial sobre mudanças climáticas. A Fundação está cadastrando os estabelecimentos interessados em integrar a pesquisa, criando assim um mapa gastronômico da cidade. A previsão é de que, até abril, serão divulgados os resultados coletados.

O trabalho de mapeamento teve início na Estação das Docas, um dos principais pontos turísticos de Belém, onde todos os restaurantes, lanchonetes e bares já foram incluídos. A cada semana, novos roteiros de visitas são planejados, e outros empreendimentos são inseridos no mapa gastronômico.

“O levantamento iniciou na segunda semana de janeiro e deve seguir até o final de fevereiro. A previsão é que, até abril, possamos divulgar o resultado dos dados coletados durante a pesquisa de campo”, informa Marcio Ponte, diretor de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas e Análise Conjuntural (Diepsac/Fapespa).

Belém: Cidade criativa da gastronomia mundial

Ser uma das Cidades Criativas da Unesco é estar inserida em uma plataforma internacional de intercâmbio de experiências ligadas ao desenvolvimento urbano sustentável, estimulando a colaboração entre as cidades para a implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030.

Belém participa da rede desde 2015, tendo renovado o selo em 2020, o qual é concedido por quatro anos. Após esse período, a cidade tem que apresentar um relatório com evidências de que as metas estabelecidas no plano de desenvolvimento foram cumpridas, quando o selo pode ou não ser renovado. Belém é a única da Amazônia a obter o selo da Unesco.

Belém, uma cidade com 1,5 milhão de habitantes, tem 65% do seu território espalhado por 39 ilhas e uma importante tradição gastronômica. O sucesso da cozinha criativa paraense se deve, do ponto de vista das referências culturais, à mistura de características da culinária nativa brasileira com influências coloniais europeias, acrescidas do caráter único de ingredientes da fauna e da flora amazônicas. 

Os estabelecimentos que desejam participar da pesquisa receberão uma visita presencial de um pesquisador em data e horário agendados. Durante a visita, será aplicado um questionário abordando temas como a especialidade gastronômica, localização e quantidade de funcionários. Os dados coletados serão analisados e disponibilizados em uma plataforma online, que trará mapas detalhando as rotas da culinária belenense.