Especialistas acreditam que ações podem estimular a vacinação, mas as promoções não contemplam todas as faixas
Direcionadas para quem está com uma ou duas doses de vacinação contra a COVID-19 em dia, essas promoções pretendem conscientizar as pessoas sobre a importância da vacina.
Listamos a seguir empresas que já prepararam campanhas e vão oferecer descontos especiais para os imunizados.
A Domino’s está contemplando os clientes com pizza em dobro. O famoso compre um e leve o outro.
Para participar, é preciso enviar uma selfie por WhatsApp, comprovando que completou a medicação.
O Mike, aplicativo de mobilidade urbana que será lançada em agosto em Belém, está criando uma campanha específica para passageiros e motoristas imunizados.
A ideia, que tem sincronia com o posicionamento da marca, partiu da agência Abel, que presta serviço de consultoria de marketing digital para a empresa.
Para os motoristas, a plataforma não vai cobrar as taxas por corrida que será fixa em 9,5%. Ou seja, 100% das viagens realizadas pelos motoristas que apresentarem as duas doses de vacinação em dia será revestido para o profissional, durante o mês de lançamento.
Para os passageiros totalmente imunizados, a plataforma vai ceder descontos especiais, também durante o mês de lançamento.
A Pizza Prime está oferecendo desconto de 20% para cada dose aplicada. O desconto é cedido de uma só vez. É preciso apresentar o comprovante na recepção da loja.
A CleanNew também criou uma estratégia voltada para os vacinados. A regra é a mesma, o desconto será de 10%. O benefício é válido para todos os serviços de higienização e blindagem de sofás, colchões, poltronas e outros itens da casa e ainda podem ser realizados em veículos como carros, barcos e aeronaves.
Especialistas comentam sobre as ações
O O Globo entrevistou especialistas na área e publicou uma matéria falando sobre o assunto.
Para Rafael Nascimento, especialista em marketing e diretor da Explore, o timing é bom, especialmente para o engajamento na internet:
— Ajuda a dar visibilidade ao negócio, estimular a vacina e o consumo na loja física, onde a compra por impulso é mais suscetível. Isso é bom, ainda mais em um país bastante negacionista — pontua.
Já a professora de comportamento do consumidor e branding da ESPM Porto Alegre Liliane Rohde vê riscos:
— É uma manobra arriscada do ponto de vista do marketing, porque pode dar frutos positivos, como ampliar o público, incentivar a vacinação, atrair e relacionar a sua marca à preocupação da saúde e valorização da ciência. Por outro lado, socialmente, é excludente e pode até causar constrangimento porque no Brasil tem uma parcela de jovens de 20 a 30 anos que não se vacinaram porque como houve esse escalonamento e dificuldade.
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