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Especial Dia das Mulheres: conheça histórias de empresárias paraenses no mundo dos negócios

Dina Carmona, Kátia Wensing e Adelaide Viana são empresárias e membros da Comunidade Belém Negócios e contam suas histórias em meio aos desafios de empreender em suas áreas


Especial Dia das Mulheres: conheça histórias de empresárias paraenses no mundo dos negócios
Adelaide Viana, Dina Carmona e Kátia Wensing, empresárias e entrevistadas do Especial Dia da Mulher

O empreendedorismo feminino vem acompanhado de muitas particularidades. Normalmente, é necessário buscar novas maneiras de lidar com o mercado, é preciso conciliar a vida de empresária com a maternidade e até com o cotidiano de trabalho doméstico. Tudo isso torna os desafios do empreendedorismo ainda maiores para as mulheres.


Mães empreendedoras

É o que conta Dina Carmona, influenciadora digital e produtora de conteúdos, paraense, esposa e mãe de dois filhos. Dina afirma que os desafios geralmente são mais evidentes para as mulheres nessa área.


"A gente tem essa filosofia de que empreendedora não para. Mas a gente precisa ter esses momentos de qualidade com a família. É um desafio bem grande por que são duplas jornadas e o trabalho de casa muitas vezes não é contabilizado. Não é fácil, principalmente sendo mãe de um recém nascido. Então eu vejo que temos mais 'pedras no caminho'".


Em suas redes sociais, Dina compartilha do seu dia a dia, da realidade de ser mãe e empresária e também fala sobre a cultura nortista, que passou a ser uma pauta importante em suas conversas e postagens. A influenciadora conta que a sua mudança veio após a pandemia, quando começou a despertar a regionalidade e a ancestralidade também em outras mulheres.


"Eu vejo com muito carinho e principalmente responsabilidade. Nesse meu despertar pela mulher nortista, de me encontrar e ver quem eu sou e a minha real identidade, eu consegui resgatar isso em outras mulheres. Porque a nossa história [da mulher nortista] não é, muita das vezes, contada. E nesse meu processo, que foi pós pandemia, eu pude despertar isso em outras mulheres".

Para Dina, a cultura paraense é tão forte que ela decidiu criar o projeto "Mulheres Fortes do Norte". Uma iniciativa que incentiva e empodera mulheres e empresárias nortistas e, além de trazer visibilidade para o Norte, também cria uma rede de apoio para que as mulheres possam receber incentivos umas das outras.


"Eu acho que essa questão de propósito é justamente o meu projeto "mulheres forte do norte", onde eu realmente fiz esse movimento único local para que as pessoas se empoderem e criem essa autoestima nortista, pra que as pessoas entendam o que a gente passa, essa xenofobia e essa invisibilidade que é muito real", detalha Dina.


Em 2023, Dina Carmona realizou um encontro presencial da sua iniciativa "Mulheres Fortes do Norte", na Estação das Docas. O evento foi uma parceria entre a Plataforma Belém Negócios e a influenciadora, durante a Exposição Negócios Inovadores e contou com a participação de diversas empresárias e empreendedoras que tiveram a oportunidade de iniciar a mesma jornada que Dina iniciou.


Dina Carmona durante o encontro da iniciativa "Mulheres Fortes do Norte" em 2023. Foto: Divulgação

O processo de autoconhecimento e transformação que Dina passou ocorre com muitas mulheres, principalmente após a chegada dos filhos. É comum que as mães procurem por maneiras mais flexíveis de trabalho para conseguir acompanhar o crescimento e desenvolvimento das crianças.

"Muitas mulheres precisam empreender depois da maternidade pra ter mais tempo com os filhos, administrar o seu tempo. Então as mulheres estão tendo mais coragem de assumir esses papeis com ousadia e também sempre correndo atrás do que realmente funciona pra elas", expõe a influenciadora.


Foi como aconteceu com Adelaide Viana, a assistente social de formação atuou por muitos anos na área da saúde até ver a sua vida mudar durante a COVID-19. Em meio aos desafios que o período pandêmico implicou, como o afastamento da família e filhos, Adelaide decidiu mudar de carreira.


Conquistando a liberdade financeira

Adelaide decidiu transicionar de carreira após ficar separada da família durante a pandemia. Foto: Aquivo pessoal

"Foi durante a pandemia, quando atuei na linha de frente contra a COVID-19 e precisei ficar longe dos meus filhos, que decidi compartilhar com outras mulheres a importância de investir e conquistar liberdade financeira".


Segundo dados da Jucepa (Junta Comercial do Estado do Pará), o percentual de empreendedoras aumentou em 84,61% se compararmos o ano de 2018 com o ano de 2021. São mais de 170 mil empresas em atividade (registradas no período de 2018 a 2023) no estado com o comando feminino.


Adelaide é um exemplo disso, a empresária transicionou da área da saúde para a área de investimentos financeiros. Atualmente, ela é especialista em educação financeira, mentora de finanças e investimentos para mulheres e dona da franquia Efinkids Pará, que implanta a educação financeira nas escolas.


"Minha jornada como investidora começou em meio às dificuldades, o que me levou a escolher ensinar outras mulheres. Desejo evitar que elas passem pelos mesmos desafios pelos quais passei e que estejam preparadas para construir um futuro financeiro mais sólido e independente", explicou a Adelaide.

Adelaide Viana, especialista financeira e dona da franquia Efinkids. Foto: Divulgação

A empresária afirma que empreender na área financeira levanta muitos tabus. Porém, ela também já viu muitas mulheres em posições de destaque e acredita que reconhecer essas conquistas sejam importantes. Ao ser questionada sobre o seu maior desafio em empreender, Adelaide compartilha que o seu desafio "é justamente trazer essas pessoas para a autonomia financeira, fazendo com que acreditem em seu potencial para investir e alcançar a estabilidade financeira"


Adelaide também explica o motivo de ter decidido expandir os horizontes para a educação financeira infantil.

"Minha missão é reduzir os impactos negativos do dinheiro nas relações familiares, aumentar o número de mulheres investidoras e transformar a realidade financeira das futuras gerações. Por esse motivo, decidi levar a Educação Financeira para as escolas através da minha Franquia Efinckids. Não vejo a hora de ver as crianças aprendendo sobre empreendedorismo, investimento e inteligência emocional".


Ainda segundo dados da Jucepa, entre as atividades chefiadas por mulheres em 2022, o seguimento que lidera é o comércio de artigos de vestuário e acessórios, com 12,21%, seguido por cabeleireiros, manicure e pedicure com 5,21%, e em terceiro lugar Promoção de vendas, com 5,11%, e em quarto lugar, restaurantes e similares com 4,18%.


Apesar desses ramos serem os mais procurados por mulheres na hora de empreender, algumas empresárias procuram por desafios ainda maiores e decidem adentrar em ramos que são tipicamente ou majoritariamente masculinos. Assim como Adelaide, que foi para o mercado financeiro, Kátia Wensing decidiu adentrar no mercado da pecuária.


Abrindo caminho no mercado

Kátia Wensing, dona da Fazenda Itapaiunas

Kátia é proprietária de uma fazenda de criação de suínos, a Fazenda Itapaiuna, e também está desenvolvendo o projeto do primeiro frigorífico de abate de suínos do Pará. A empresária tem se destacado em um ramo majoritariamente masculino e afirma que é necessário lidar com os estereótipos.


"Ser mulher e empreender em um mercado dominado por homens é desafiador, mas também gratificante. É preciso lidar com preconceitos e estereótipos, mas também há a oportunidade de abrir caminho para outras mulheres e mostrar que somos capazes de alcançar o sucesso".

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou o estudo "Mulheres no Mercado de Trabalho", que aponta que as mulheres ganharam mais espaço em funções de tomadas de decisões. A participação delas em cargos de liderança passou de 35,7%, em 2013, para 39,1%, em 2023.


Katia comenta que entre os desafios do empreendedorismo feminino está o preconceito com mulheres em cargos de liderança. "As mulheres ainda são vistas como menos aptas a liderar empresas em áreas tradicionalmente masculinas, o que pode levar a dificuldades em fechar negócios e obter reconhecimento. Também, os homens geralmente têm mais acesso a redes de contatos e capital de investimento, o que pode dificultar o crescimento de empresas lideradas por nós.


Foto: Arquivo pessoal

Apesar das dificuldades e preconceitos, os números a respeito do empreendedorismo feminino crescem vertiginosamente. Segundo a mesma pesquisa do CNI, a paridade salarial entre homens e mulheres aumentou 6,7 pontos na última década.


A respeito do pioneirismo do seu projeto, Katia acredita que servirá para inspirar outras mulheres a seguirem os seus sonhos. "É importante que as mulheres vejam exemplos de sucesso para se sentirem encorajadas a trilhar seus próprios caminhos"


A empresária ainda compartilha dicas para que outras mulheres possam empreender em áreas majoritariamente masculinas.

"Acredite em si mesma: Tenha confiança em suas habilidades e capacidades. Seja persistente: Não desista facilmente dos seus objetivos. Crie redes de apoio: Conecte-se com outras mulheres empreendedoras para trocar experiências e obter apoio. Busque mentorias: Procure orientação de mulheres que já alcançaram o sucesso em áreas semelhantes. Seja autêntica: Não tente se encaixar em um molde masculino".

“Lembre-se que você é capaz de alcançar o sucesso em qualquer área que escolher. Não deixe que os estereótipos te limitem”, finaliza Katia.


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