Energia solar cresce no Brasil e se torna a segunda maior fonte de matriz elétrica
- Jaelta Souza
- 25 de mar.
- 2 min de leitura
Com 22% da matriz energética, setor solar impulsiona economia e sustentabilidade

A energia solar atingiu um novo marco no Brasil, tornando-se a segunda maior fonte elétrica do país, com uma capacidade instalada de 55 gigawatts (GW). De acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), 5 milhões de imóveis já geram sua própria eletricidade fotovoltaica, impulsionando o crescimento sustentável e reduzindo a emissão de poluentes.
Expansão acelerada da energia solar
A maior parte da geração solar no país, 37,6 GW, vem da geração própria instalada em telhados e terrenos de imóveis residenciais, comerciais e rurais. As grandes usinas solares conectadas ao Sistema Interligado Nacional (SIN) contribuem com 17,6 GW. Somente neste ano, 1,6 GW foi adicionado à matriz energética.
Além da geração de eletricidade, a energia solar já evitou a emissão de 66,6 milhões de toneladas de CO², tornando-se uma peça-chave na transição energética sustentável. O setor também movimentou mais de R$ 251,1 bilhões em investimentos e gerou 1,6 milhão de empregos verdes desde 2012.
Pará segue tendência de crescimento
O estado do Pará acompanha o avanço da energia solar no Brasil. Com potencial para expandir ainda mais, municípios paraenses têm adotado projetos solares tanto para geração própria quanto para usinas centralizadas. O estado, conhecido por sua biodiversidade e riqueza hídrica, vê na energia fotovoltaica uma oportunidade de diversificação energética sustentável.
Quais estados lideram a geração solar?
Segundo a Absolar, a energia solar já está presente em mais de 5,5 mil municípios brasileiros. Os estados com maior número de imóveis gerando eletricidade solar são:
Minas Gerais: 900 mil imóveis
São Paulo: 756 mil imóveis
Rio Grande do Sul: 468 mil imóveis
O setor residencial domina a geração própria, representando 69,2% do total de imóveis abastecidos, seguido pelo comércio (18,4%) e propriedades rurais (9,9%).
Desafios para o setor solar no Brasil
Apesar do avanço expressivo, o setor enfrenta desafios regulatórios e estruturais. Segundo a Absolar, projetos são frequentemente cancelados pelas distribuidoras e empreendedores enfrentam dificuldades na compensação de cortes na geração renovável. A associação defende a aprovação do Programa Renda Básica Energética (Rebe) e a atualização da Lei 14.300/2022, que regula a micro e minigeração distribuída.
Outro entrave é a conexão de pequenos sistemas solares à rede elétrica, muitas vezes negada sob alegação de sobrecarga, sem estudos técnicos conclusivos. Além disso, regras da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) sobre ressarcimentos em cortes de geração nas grandes usinas solares geram insegurança jurídica e maior percepção de risco para investidores.
Mesmo com esses desafios, o setor fotovoltaico segue crescendo, consolidando-se como um dos principais motores da transição energética e da economia sustentável no Brasil.
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