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Disputa por posto-chave da COP-30 mobiliza setor privado; Helder tem um favorito

Duas cartas contendo lista de apoiadores chegaram aos altos gabinetes de Brasília com recomendação de nomes

Norte e sudeste disputa posições importantes COP-30 Belém
Foto; Agência Pará

Patrícia Ellen, ex-secretária Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia de São Paulo durante o governo João Doria, e Marcello Brito, um dos principais aliados do governador do Pará, Helder Barbalho, e atual secretário-executivo do Consórcio dos Governadores da Amazônia travam nos bastidores uma disputa pela indicação para uma das posições mais importantes da COP30 de Belém em 2025.


Trata-se do chamado “UN Climate Change High Level Champion, em tradução livre algo como “Alto Nível da ONU sobre Mudanças Climáticas”. Esse posto foi criado para fazer a conexão entre a presidência da COP com o setor privado, sociedade civil e estados subnacionais. Esse cargo ligado ao setor privado corresponde a uma vaga de quatro semelhantes na hierarquia das negociações climáticas, que ficam abaixo apenas do presidente e do CEO da COP.


Nos últimos dias, duas cartas contendo lista de apoiadores chegaram aos altos gabinetes de Brasília com recomendação de nomes.


A carta de Brito data de 8 de novembro e foi encaminhada ao vice-presidente Geraldo Alckmin.


Confira a lista:



Na lista de apoiadores estão 78 nomes divididos entre pessoas físicas e jurídicas. Das jurídicas constam a Federação Brasileira dos Bancos, Confederação Nacional das Indústrias, Federação das Indústrias do estado de São Paulo, Associação Brasileira do Agronegócio, Indústria Brasileira de Árvores, Instituto Brasileiro de Mineração e empresas como Cargill, Suzano, JBS, Marfrig e Amaggi.


Dentre as pessoas físicas destacam-se o apresentador Luciano Huck, os empresários Pedro Wongtschowski, Luis Fernando Furlan, Pedro Passos, Persio Arida, Guilherme Leal, Fabio Barbosa, os ex-ministros Roberto Rodrigues e Izabella Teixeira, a ambientalista Teresa Bracher e Francisco Pyanco, líder indigenista dos Ashaninkas.


“Marcello tem trânsito tanto no setor empresarial, quanto no movimento ambiental, com experiência na criação e desenvolvimento de inciativas nacionais e internacionais de produção sustentável em várias commodities agrícolas, reunindo competência e expertise que serão essenciais. A extensa e variada rede de relacionamentos que Marcello desenvolveu, no Brasil e no exterior, na dimensão empresarial e ambiental, bem como no setor público, lhe confere um trânsito verdadeiramente privilegiado, que decerto assegura um potencial de trabalho de grande envergadura ao longo do período às vésperas de começar”, diz a carta endereçada a Alckmin.


Já a carta de Patrícia Ellen é datada do dia 12 de outubro e endereçada diretamente ao presidente Lula.


Veja a carta completa enviada ao vice-presidente Geraldo Alckmin:



Fonte: CNN Brasil

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