Empresa planeja novo Centro de Tratamento de Resíduos para Região Metropolitana de Belém; investimento de R$ 900 milhões
- Redação
- 4 de ago.
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O novo local que irá receber o projeto deve garantir a transformação do lixo em ativos ambientais, reduzindo emissão de gases do efeito estufa (GEE) e gerando energia limpa, ao mesmo tempo que garante emprego e renda para a população

Na última semana, a Ciclus Amazônia convidou representantes de veículos de imprensa paraenses para conhecer o Centro de Tratamento de Resíduos (CTR) da Ciclus Rio, que será modelo para a criação do CTR de Belém.
O Centro de Tratamento que fica em Seropédica (RJ), foi alvo de extensa exploração mineral, mas agora abriga um dos maiores aterros bioenergéticos do mundo e referência na América Latina (LATAM), dando destino adequado a 10 mil toneladas de resíduos recebidos diariamente. O local também contribui com a redução de emissões de gases de efeito estufa e com a geração de energia e água a partir de fontes alternativas.
Durante a apresentação das etapas que devem ser cumpridas ao longo dos 30 anos de concessão com o governo local, foram destaque as etapas já cumpridas como a coleta de mais de 700 mil toneladas de resíduos desde o início da concessão, em abril de 2024, e os passos futuros, como a construção da Estação de Transferência de Resíduos (ETR) e da nova Central de Tratamento e Valorização Ambiental de Resíduos (CTR). Ao todo, entre os processo de transformação realizados no CTR que devem chegar a Belém, estão:
Aproveitamento do biogás gerado pela decomposição dos resíduos para produção de energia limpa, reduzindo emissões de gases de efeito estufa.
Impermeabilização total das células de aterramento com sistemas de drenagem de chorume, prevenindo contaminação do solo e do lençol freático.
Captação e tratamento de chorume em estação própria, com reaproveitamento interno de água tratada.
Sistema de monitoramento contínuo da qualidade do ar, da água e do solo, garantindo o cumprimento das exigências legais e ambientais.
A Ciclus já protocolou o pedido de licenciamento para o encerramento e recuperação ambiental do antigo lixão do Aurá, assim como já solicitou a autorização para implantar uma nova Central de Tratamento e Valorização Ambiental de Resíduos (CTR) no município do Acará.
Muehlbauer cita ainda que a empresa faz uma auditoria independente onde, no primeiro ciclo de aferição, realizado entre outubro de 2024 e abril de 2025, a empresa obteve 100% de conformidade nos 84 critérios de desempenho avaliados. Além disso, um estudo técnico foi conduzido pelo Núcleo de Controle Ambiental da Universidade Federal do Pará (NCA/UFPA) atestando a legalidade, a regularidade contratual e a eficiência operacional da concessão.
As fases futuras prometem vantagens ambientais e econômicas que beneficiam a população aos arredores dos projetos, mas a empresa garante que está seguindo as etapas adequadas para o sucesso do projeto: “Há muitos desafios pela frente, mas os resultados até agora são visíveis e promissores. A regularização da destinação final dos resíduos, a ampliação da coleta seletiva e a implantação da nova Central de Tratamento são passos fundamentais para consolidarmos um sistema ambientalmente responsável e socialmente justo”, diz.
Ele explica que algumas etapas dependem do poder público local e dá como exemplo as instalações dos Ecopontos: “Nós mapeamos e indicamos os locais onde há utilidade, mas quem confirma o local e dá autorizações é a Prefeitura de Belém, que possui seus próprios processos. A mudança já é uma realidade e nos deixa ainda mais animados”, destaca.
Ao todo, a concessão prevê investimentos de, pelo menos, R$900 milhões, mas principalmente, a transformação da realidade local: “Nosso olhar está no presente, mas principalmente no futuro: mais limpo, mais verde e mais digno para todos”, encerra Muehlbauer.