E-commerce: Brasil e China impulsionam relações comerciais com rota aérea inédita
- Otto Marinho
- 24 de mar.
- 2 min de leitura
A nova rota aérea conecta Xiamen e São Paulo com três voos semanais. Cada voo tem capacidade para até 95 toneladas, facilitando importações. Produtos de alto valor e perecíveis terão suporte logístico ágil

Entrou em operação a primeira rota de carga aérea para e-commerce entre as cidades de Xiamen e São Paulo. São três voos semanais, com capacidade de até 95 toneladas por cada um deles, agilizando as entregas internacionais. A ideia é oferecer suporte para produtos de todos os tipos, inclusive os de alto valor agregado ou perecíveis.
A embaixada da China informou que a alfândega do Aeroporto de Xiamen implementou um canal verde para a importação de frutas, permitindo uma auditoria inteligente que resulta na liberação em menos de 30 minutos. Essa medida visa facilitar o comércio de produtos perecíveis, aumentando a eficiência nas operações.
Desde 2009, a China se consolidou como a principal parceira comercial do Brasil, movimentando mais de US$ 100 bilhões, o que representa cerca de 25% do comércio global brasileiro. Esse volume de transações supera as realizadas com os Estados Unidos, evidenciando a importância da relação comercial entre os dois países.
A nova rota aérea é um passo significativo para fortalecer ainda mais os laços comerciais entre Brasil e China, ampliando as oportunidades para o e-commerce e melhorando a logística de importação de produtos diversos. É a 1ª rota de carga aérea direta entre países do BRICS, com três voos semanais, operada pela Ethiopian Cargo.
Relação comercial Brasil-China
O Brasil é um dos principais fornecedores de commodities para a China, destacando-se produtos como soja, minério de ferro, petróleo, carne bovina, carne de frango, café e açúcar. De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil, em 2020, a China importou aproximadamente 73% da soja brasileira e por volta de 34% da carne bovina exportada pelo país.
Banco dos BRICS
A criação do Banco dos BRICS é um marco importante nessa relação. O banco multilateral, formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, foi criado para financiar projetos de infraestrutura e desafiar a hegemonia das instituições financeiras tradicionais. De acordo com informações do site oficial do Banco dos BRICS, a instituição foi estabelecida em 2014 com um capital autorizado de US$ 100 bilhões, demonstrando o poder financeiro coletivo dos membros do grupo.
A cooperação financeira entre os BRICS inclui o fortalecimento das reservas internacionais, a promoção do uso de moedas nacionais nas transações comerciais e a busca por soluções financeiras alternativas ao sistema financeiro global tradicional. Isso permite que os países do BRICS diversifiquem suas opções financeiras e reduzam a dependência de instituições ocidentais.
Comments