Você sabe o que significa ser “cringe”? A expressão deu o que falar nas redes sociais. Até as empresas entraram na moda (e terão que sair)
Esse termo viralizou nos últimos dias nas redes sociais. Basicamente, é o que os mais jovens (ou Geração Z) entendem como aquilo que causa vergonha ou desconforto.
No cinema, uma comédia considerada cringe carrega um humor derivado de estranheza social. É um gênero específico, que frequentemente tem um ar de falso documentário e gira em torno de um cenário sério, como um local de trabalho, para dar à comédia um senso de realidade.
Na última semana, o significado deste termo foi o mais pesquisado no Google. Influenciadores e artistas comentaram nas redes sociais sobre a polêmica. As empresas também aproveitaram para postar conteúdos relacionados. A marca Reserva inclusive chegou a lançar uma linha de roupas para estampar a cultura cringe para demonstrar uma espécie de orgulho.
Acontece que para a geração Z, ser cringe é algo cafona. Até usar a palavra cafona para eles é cringe.
O movimento começou a ganhar destaque após uma influenciadora perguntar no Twitter para a geração Z (nascidos entre 1995 e 2010) o pensam dos millennials (nascidos entre 1980 e 1994).
Dentre as mais de 3 mil respostas, usuários definiram que gostar de café, Sandy & Junior, Harry Potter e Friends, tomar cerveja “litrão”, ir para a Disney, pagar boletos e usar emojis, traz o sentimento de vergonha alheia.
A geração millennials, surpresa ao saber que seus gostos são considerados cafonas, se apropriou do termo, lançando diversos memes nas redes sociais.
Enquanto a discussão entre as gerações se acalorava, o termo ganhou proporções gigantescas e as empresas não puderam ficar de fora. Afinal uma empresa pode ser considerada cringe? O quanto “cringe” você é na hora de cuidar dos negócios? Perguntou o Sebrae em uma postagem no Instagram? Segundo eles, não formalizar uma empresa pode ser considerada uma atitude cringe, ou seja, vergonhosa.
Além de não formalizar uma empresa, veja outras atitudes que empreendedores podem ter e ser considerados cringes:
Deixar cliente aguardando resposta
Não pagar e ou atrasar boletos
Depender somente de um fornecedor
Gastar dinheiro da empresa com despesas pessoais
Não ter um plano de negócio
Não investir em divulgação
Não inovar
E por aí vai...
Ser cringe no mundo dos negócios não é algo que pode ser levado na brincadeira. Ter atitudes cringes como empresa (desde a semana passada) passou a ser de fato algo vergonhoso.
Não só como empresa mas também como funcionário.
A CNN postou uma notícia falando que ligar sem pedir e marcar reunião no horário de almoço são atitudes consideradas cringes.
O Sensacionalista fez uma piada com o termo, dizendo que colunista que não fala sobre cringe é cringe. Isso pode ser até engraçado. Mas se você comentar com um jornalista ou com um social media que ele não está falando sobre um tema que é notoriamente repercutido é o mesmo que falar que não está fazendo o seu trabalho.
O mesmo se aplica às empresas. Hoje (28), por exemplo, é o Dia Internacional do Orgulho Gay. As empresas devem falar sobre o tema. Precisam se posicionar. Uma empresa que não se posiciona é cringe?
Se você tem mais de vinte e cinco anos e um jovem o chama de cringe, tudo bem. Você não deve se preocupar somente por gostar de Sandy & Junior, por exemplo.
Mas se você tem uma empresa cringe, aí você precisa mudar de atitudes rapidamente.
Ou você acha que é “descolado” ter uma empresa que não inova ou não paga seus boletos?
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