Parceria entre BNDES e BID prevê financiamento de longo prazo para até 16 mil negócios da região. Confira os detalhes.

(MPMEs) da Amazônia terão acesso a R$ 5,4 bilhões em crédito por meio do programa Pró-Amazônia, uma iniciativa do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O objetivo é ampliar o financiamento de longo prazo para até 16 mil negócios na região.
Os recursos incluem R$ 4,5 bilhões provenientes de um empréstimo do BID e R$ 900 milhões como contrapartida do BNDES. A distribuição do crédito ocorrerá por meio de agentes financeiros credenciados pelo BNDES, utilizando o modelo de operações indiretas. O prazo de amortização do empréstimo é de 25 anos, com 5,5 anos de carência e taxa de juros baseada na SOFR, índice referencial dos Estados Unidos.
Critérios de Distribuição
Os recursos serão destinados conforme as seguintes diretrizes:
30% para empresas lideradas por mulheres, incentivando a participação feminina no mercado.
20% para projetos sustentáveis, como iniciativas de agricultura de baixo carbono.
70% para negócios em municípios com índice de Desenvolvimento Humano (IDH) abaixo da média nacional.
O programa também adota uma política de desmatamento zero, impedindo o financiamento de atividades em áreas com alertas de desmatamento ativo. O uso dos recursos será monitorado por sistemas georreferenciados.
Finalidade do Crédito
As MPMEs poderão utilizar o crédito para aquisição de máquinas, equipamentos, veículos e outros ativos fixos. Também será permitido investir na modernização dos meios de produção e na adoção de práticas que equilibrem atividade econômica e preservação ambiental.
A região amazônica enfrenta desafios como alto índice de desemprego e informalidade, o que limita o crescimento econômico. O Pró-Amazônia busca promover o desenvolvimento regional, atendendo às necessidades de uma população majoritariamente urbana e dependente de atividades locais para geração de renda.
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Coordenação e Impacto
O programa será coordenado pelo BNDES e pelo BID. O BID fornecerá o financiamento de longo prazo, enquanto o BNDES atuará como intermediador, repassando os recursos para as instituições financeiras responsáveis pela distribuição do crédito.
Com o modelo de crédito indireto, espera-se aumentar a concorrência no setor bancário, permitindo que agentes privados também contribuam para o financiamento. Dessa forma, o programa visa fortalecer as atividades econômicas na Amazônia e gerar impacto positivo na região.
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