COP 30 no Rio? Evento avalia dividir hospedagem de estadistas por falta de leito em Belém
- Otto Marinho
- 25 de mar.
- 2 min de leitura
Com a necessidade de dobrar a oferta de hospedagens e devido a especulação imobiliária, Governo estuda dividir evento entre Belém, para debates, foto oficial e Carta Acordo, e Rio de Janeiro, para receber chefes de Estado

A COP 30 pode ser dividida em duas sedes: Belém, que já foi oficializada, e Rio de Janeiro. Segundo o colunista Leandro Mazzini, que tem fontes na esplanada, existem movimentações que articulam que a capital paraense sediaria os debates e a Carta Acordo, recebendo comitivas diplomáticas, cientistas, ambientalistas e empresários; enquanto o Rio hospedaria os presidentes por alguns dias. Com a mudança, a agenda dos estadistas incluiria um dia em Belém para assinar a carta e fazer a foto oficial do evento.
O motivo principal da decisão seria a falta de leitos e hotéis para um evento global, o que tornou a cidade suscetível a forte especulação imobiliária. É esperado um fluxo de mais de 40 mil visitantes, podendo chegar a 60 mil, durante os principais dias da Conferência. Deste total, aproximadamente 7 mil compõem a chamada "família COP", formada pelas equipes da ONU e delegações de países membros. Com a demanda interna e estrangeira, hospedagens para apenas 15 dias podem chegar a casa dos R$ 3 milhões em Belém.
Devido o aquecimento exagerado do mercado imobiliário na cidade, com preços exorbitantes, falta de regulação das vagas disponíveis e represamento de imóveis, se apresenta a necessidade de criar outros meios para hospedar líderes políticos.
Grandes empresas estão negociando a compra de algumas casas para hospedar seus diretores e, logo em seguida, vendê-las. As ONG´s buscam fechar parcerias com escolas e faculdades da região metropolitana para hospedar os seus integrantes devido a falta de verba.
Falta de leitos na capital
Toda a região metropolitana da cidade tem 24 mil leitos, o que pressiona setores a buscarem mais alternativas. Faltando menos de 250 dias para a COP 30, para atender à demanda e suprir o déficit de ao menos 26 mil leitos, são considerados o uso de escolas, reformas de prédios antigos e a criação de hotéis em navios de cruzeiro.
Medidas para conter a especulação
O Governo Federal pretende lançar, até este semestre, uma plataforma oficial de reservas para a COP 30, uma iniciativa que está sendo conduzida pela Secretaria da COP 30, vinculada à Casa Civil, e visa facilitar a organização logística do evento. Como as dificuldades são maiores nas hospedagens de alto padrão, destinadas a autoridades internacionais, como chefes de Estado, ministros e membros da realeza, a plataforma vai priorizar reservas para diferentes grupos, começando pelas delegações oficiais, depois para credenciados e, por fim, para o público em geral.
Na tentativa de amenizar o “boom” da especulação imobiliária e facilitar o acesso ao evento, o Governo do Pará vai lançar um site com ofertas de hospedagem a preços mais justos. A parceria entre o Governo do Estado e a plataforma Booking.com prevê a criação de material informativo e ações educativas, como workshops periódicos voltado para temas como a locação de apartamentos, hotelaria tradicional e sobre as responsabilidades jurídicas dos anfitriões, além de seminários on-line sobre locação de casas e apartamentos.
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