Alta no índice de preços da FGV deve pressionar o mercado imobiliário; Confira estratégias para reduzir o impacto

O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), principal referência para reajuste das parcelas de aluguel, fechou 2024 com alta de 6,54%. Esse índice, divulgado mensalmente pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (IBRE - FGV), é amplamente utilizado não apenas para contratos de locação, mas também no reajuste de tarifas públicas, como energia e telefonia e contratos de prestação de serviços.
Com o início de 2025, contratos de aluguel que fazem aniversário em janeiro já podem sofrer os impactos dessa variação. Além disso, o aumento ocorre em um contexto de alta significativa nos preços de locação residencial, conforme apontado pela plataforma FipeZAP. Em 2024, os aluguéis residenciais subiram, em média, 13,50%, ou seja, um percentual quase três vezes superior ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que encerrou o ano em 4,83%.
Entre as capitais brasileiras, Salvador liderou o ranking de maiores aumentos nos preços de aluguel em 2024, com alta de 33,07%, seguida por Campo Grande (26,55%), Porto Alegre (26,33%) e Recife (16,17%). Belém também registrou um aumento expressivo, com alta de 13,50% no período, se consolidando entre as capitais com aluguel mais caro do Brasil.
Equilíbrio e alternativas para o mercado de Belém
Para a corretora de imóveis Synthia Angelim, da Imóveis Pará e membro Enterprise da Belém Negócios, o reajuste do IGP-M pode impactar significativamente o mercado imobiliário.
“Como corretora de imóveis em Belém, já percebemos como índices como o IGP-M podem influenciar o mercado local, especialmente no reajuste dos contratos de aluguel. Esse aumento de 6,54% certamente pode gerar impacto para locatários e proprietários no Pará. É importante que as partes negociem com equilíbrio para garantir que os valores se mantenham justos e alinhados ao poder aquisitivo do mercado”, destacou.

Synthia também sugere estratégias para evitar conflitos e promover a competitividade no setor:
“A revisão de contratos ou até mesmo a adoção de índices alternativos, como o IPCA, podem ser alternativas viáveis.”
Com negociações equilibradas e a análise de índices mais ajustados à realidade econômica, o mercado de aluguéis pode buscar maior estabilidade e atender às necessidades de locatários e proprietários de forma justa.
É importante que as partes negociem com equilíbrio para garantir que os valores se mantenham justos e alinhados ao poder aquisitivo do mercado. Estratégias como a revisão de contratos ou até mesmo a adoção de índices alternativos, como o IPCA, podem ser alternativas para evitar conflitos e manter a competitividade no setor.
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