Belém lidera o ranking com R$ 4,928 bilhões impulsionada pelas obras da COP 30

Segundo dados dos portais de transparência dos municípios, do Tesouro Nacional e do Tribunal de Contas dos Municípios do Pará (TCMPA), a ordem das prefeituras mais ricas de 2024 seguiu o mesmo panorama de 2023, com Belém (R$ 4,928 bilhões) liderando o ranking, seguida de Parauapebas (R$ 2,675 bilhões) Canaã dos Carajás (R$ 1,953 bilhão), Marabá (R$ 1,476 bilhão), Santarém (R$ 1,428 bilhão) e Ananindeua (R$ 1,332 bilhão).
O grande destaque do ano foi a Prefeitura de Barcarena, que ultrapassou a cifra do bilhão pela primeira vez, acumulando R$ 1,054 bilhão em receita líquida, já feitas as deduções constitucionais.
Com a ascensão de Barcarena, o Pará passa a ter sete representantes no lista dos municípios de receita bilionária, número superior ao de estados como Goiás e Bahia. Além disso, a Prefeitura de Barcarena foi a que proporcionalmente mais enriqueceu no Brasil entre as bilionárias, na ordem de 31,9%.
Ranking das 7 prefeituras bilionárias do estado:
1º Belém (R$ 4.928.450.080,67)
2º Parauapebas (R$ 2.675.145.986,64)
3º Canaã dos Carajás (R$ 1.952.566.284,12)
4º Marabá (R$ 1.476.254.579,40)
5º Santarém (R$ 1.427.954.059,77)
6º Ananindeua (R$ 1.331.543.429,93)
7º Barcarena (R$ 1.054.107.373,76)
Belém, a capital oficial da Conferência do Clima, ficou R$ 852 milhões mais rica no ano passado, o que pode ser explicado pela injeção de investimentos que a metrópole tem recebido a fim de se preparar para receber a COP 30, que ocorrerá no mês de novembro deste ano. A receita líquida de Belém prosperou quase 21% de 2023 para 2024, algo que a prefeitura local não via há mais de uma década.
Aumento no número de prefeituras “meio bilionárias”
Com exceção de Parauapebas e Canaã dos Carajás, os demais representantes do grupo dos 20 municípios de maior faturamento de 2024 cresceram acima de 10% — e chegaram a prosperar acima de 25%, como é o caso de Tucuruí (27,8%), Barcarena (31,9%), Redenção (32,3%) e Bragança (33,9%).
A fileira de prefeituras que mais enriqueceram de forma expressiva na faixa de R$ 500 milhões a R$ 1 bilhão em arrecadação líquida aumentaram. O número passou de seis para nove, o que mostra o progresso das finanças de muitos municípios, alguns dos quais desconhecidos do grande público. Confira:
8º Castanhal (R$ 760.471.212,05)
9º Breves (R$ 630.337.103,82)
10º Itaituba (R$ 610.636.159,25)
11º Altamira (R$ 605.284.476,81)
12º Paragominas (R$ 599.519.984,18)
13º Tucuruí (R$ 597.464.213,61)
14º Abaetetuba (R$ 562.673.067,90)
15º Marituba (R$ 525.232.628,92)
16º Cametá (R$ 505.624.171,02)
Breves, prefeitura mais rica da região do Marajó, com R$ 630,34 milhões de receita, é um exemplo do progresso dos municípios meio bilionários. Considerada uma localidade socialmente pobre, com parcela alta da população dependente de programas de transferência de renda, a arrecadação de Breves triunfou nos últimos anos devido repasses constitucionais.
A média de arrecadação local por habitante (R$ 5.479), inclusive, já está acima da média para o grupo das 20 prefeituras mais ricas (R$ 4.696). Aliás, é superior à média de Marabá (R$ 5.117), que é uma potência econômica no estado.
Breves se destaca ao lado de Itaituba (R$ 610,64 milhões), Altamira (R$ 605,28 milhões), Paragominas (R$ 599,52 milhões), Tucuruí (R$ 597,46 milhões) e Abaetetuba (R$ 562,67 milhões).
No que se refere a receita média por habitante, Canaã dos Carajás, com seus R$ 22.539 por morador, configura-se com uma das médias mais altas do país. É quase dez vezes o potencial do último colocado, Ananindeua, que recolhe R$ 2.622 por pessoa, uma das médias mais baixas do país entre as prefeituras mais ricas.
No quesito receita alta por habitante, são destaques também os municípios de Parauapebas (R$ 8.951 de receita por habitante), Barcarena (R$ 7.676) e Tucuruí (R$ 6.208).
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