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Foto do escritorAna Luísa Cintra

Conheça a empresa chinesa que comprou mina de estanho no Amazonas

A China Nonferrous Mining Co. é uma das maiores empresas estatais focadas na produção de cobre do mundo. Suas atividades também envolvem a mineração, hidrometalurgia, fundição e vendas

Conheça empresa chinesa mina Amazonas
Assembleia geral anual. Foto: Divulgação

Sobre a empresa chinesa

A China Nonferrous Mining Co. é uma das maiores empresas estatais focadas na produção de cobre do mundo. Suas atividades também envolvem a mineração, hidrometalurgia, fundição e vendas.


O acionista controlador da empresa é uma grande estatal chinesa diretamente subordinada à Comissão de Supervisão e Administração de Ativos Estatais (gestão direta). Ela está envolvida no desenvolvimento de recursos minerais de metais não ferrosos e em projetos de construção na China e no exterior.


A China Nonferrous Mining Co. foi a primeira empresa chinesa a investir em ativos de cobre da Zâmbia desde a privatização da indústria de cobre do país no final da década de 1990. Ela tem uma rica experiência em desenvolvimento de projetos no exterior e fusões e aquisições, e tem uma cooperação próxima com a comunidade empresarial africana e governos locais.


Negociações no Brasil

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O presidente Lula e o ditador chinês Xi Jinping, em encontro inédito durante a cúpula do G-20. Foto: EFE/EPA/KEN ISHII)

A empresa adquiriu por US$ 340 milhões (R$ 2 bilhões) uma mina na região da hidrelétrica de Balbina, em Presidente Figueiredo, a 107 quilômetros de Manaus (AM), que pertencia à mineradora Taboca.


No informe, a mineradora classificou a venda como um “momento estratégico e uma oportunidade de crescimento" para a empresa. O texto diz que o acordo foi firmado pela Minsur S.A., uma empresa peruana que detém o controle acionário da Taboca, no Brasil.


A Taboca controla a Mina de Pitinga, que possui nióbio, tântalo, estanho e tório, recursos importantes para a fabricação de equipamentos de alta tecnologia como foguetes, baterias e turbinas. A região também é rica em Urânio, que é usado como combustível para a geração de energia nuclear, no entanto, o minério não foi envolvido na negociação, já que é considerado estratégico para o Brasil e requer autorização direta do governo federal. Além disso, não há tecnologia presente na região para separá-lo. A reserva de nióbio, tântalo, estanho e tório tem estoque para durar um século.


Não é uma mina de urânio

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Trata-se de uma das maiores minas do mundo e que tem como subproduto ferroligas de nióbio e tântalo. “Além disso, a operação gera um resíduo que contém urânio, que é monitorado pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN). Não há produção de urânio no local”, destacou a INB (Indústrias Nucleares do Brasil).


A IBN ressalta ainda que a jazida não pode ser considerada “a maior reserva de urânio no Brasil”, como anteriormente noticiado. No local, conforme a estatal, há somente uma estimativa de potencial de recursos ainda não comprovada.


E, mesmo que haja urânio na mina em questão, a empresa chinesa não pode manipular o minério. Isso porque, de acordo com a Lei nº 14.514, de 29 de dezembro de 2022, cabe à INB a pesquisa, a lavra e a comercialização de minérios nucleares, de seus concentrados e derivados, e de materiais nucleares, e sobre a atividade de mineração.


“Qualquer urânio que seja potencial subproduto no Brasil só pode ser produzido se for em parceria com a INB”, destacou o órgão.


Com informações de UOL, Gazeta do Povo, CNN e Metrópoles


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