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China suspende embarques de soja de 5 empresas brasileiras

Foto do escritor: Otto MarinhoOtto Marinho

Cargill Agrícola SA, ADM do Brasil, Terra Roxa Comércio de Cereais, Olam Brasil e C.Vale são afetadas pela medida que cita preocupações com contaminação química e pragas



embarque suspenso de soja de 5 empresas brasileiras
Foto: Reuters

A China, maior comprador mundial de soja, parou de receber embarques de soja brasileira de cinco empresas depois que as cargas não atenderam a requisitos fitossanitários. O Brasil, maior exportador mundial de oleaginosas, suspendeu embarques para a China das empresas Terra Roxa Comércio de Cereais, Olam Brasil e C.Vale Cooperativa Agroindustrial.


A alfândega chinesa suspendeu os embarques da Cargill Agrícola SA e da ADM do Brasil. Houve preocupações depois que algumas cargas foram encontradas com contaminação química, pragas ou insetos.


Embora criem ruídos, essas suspensões fazem parte da dinâmica comercial de Brasil e China. Existe uma parceria entre os governos para identificar eventuais problemas e resolvê-los o mais rápido possível. Por outro lado, o contexto em que esses embargos costumam ocorrer também não podem ser desprezados.


Impactos


A suspensão deve contribuir para a queda das vendas de soja que vinham acontecendo desde o ano passado. Em seu último relatório, o Ministério da Agricultura da China previu que o consumo de soja em 2024/25 cairia para 114,56 milhões de toneladas, em comparação com a estimativa de 115,24 milhões de toneladas durante o ano comercial de 2023/24, que termina em setembro. [/CASDE]


A China está enfrentando um excesso de oferta de soja, conforme as importações em níveis recordes aumentam os estoques em um momento em que a demanda por ração animal continua fraca, com os preços de produtos como o óleo de soja e o farelo de soja devendo cair ainda mais.


O excedente de soja também ameaça reduzir o apetite da China por importações no período de alta, o pico da temporada de comercialização dos grãos dos EUA, pressionando ainda mais os preços que já estão perto das mínimas de quatro anos.


Relação de exportação com China


Segundo a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Mapa (SCRI), entre julho de 2023 e julho de 2024, a China foi o principal destino das exportações brasileiras do agronegócio, totalizando US$ 57,94 bilhões. Houve um aumento de 8,9% em comparação ao período anterior. Houve recorde em 2023 com as exportações de mais de US$ 60 bilhões, um aumento de mais de US$ 9 bilhões em relação a 2022.


O Brasil exportou US$ 28,44 bilhões em produtos agrícolas para a China no primeiro semestre de 2024. Os principais produtos exportados para a China são soja, milho, açúcar, carne bovina, carne de frango, celulose, algodão e carne suína in natura.



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