China isenta brasileiros de visto para viagens de até 30 dias

Medida deve facilitar o planejamento de viagens e aproximação entre China e América Latina

A partir de 1º de junho, brasileiros não precisarão mais de visto para entrar na China em viagens de até 30 dias. A isenção, anunciada na quinta-feira (15) pelo Ministério das Relações Exteriores chinês, é válida inicialmente por um ano, até 31 de maio de 2026.

A medida vale para viagens de turismo, negócios, intercâmbio, visitas a familiares e amigos e até mesmo para quem estiver em trânsito pelo país, como nos casos de escalas de voos. Com isso, o Brasil passa a ter as mesmas condições de entrada de países como Japão, Coreia do Sul e grande parte da Europa.

Segundo o governo chinês, trata-se de uma política experimental. Durante esse período, as autoridades irão monitorar os resultados para decidir se a isenção será mantida ou alterada.

Menos custo, menos burocracia

Essa decisão elimina uma das maiores barreiras para quem planejava uma ida ao país asiático. Além de burocrático, o visto pesava no bolso – atualmente, a taxa para brasileiros é de R$ 475, fora os custos com documentos e deslocamentos até os centros de atendimento.

Agora, com a isenção, basta apresentar o passaporte válido e comprovar que a permanência será de no máximo 30 dias, o que inclui ter a passagem de volta (ou de saída) já marcada.

Olhar para América Latina

Segundo o governo chinês, a medida é experimental e será monitorada durante esse período. A ideia é avaliar os resultados antes de decidir se a isenção será estendida ou não.

Além de facilitar a vida dos turistas, a decisão também faz parte de um esforço diplomático da China para se aproximar ainda mais dos países latino-americanos. O Brasil, como um dos principais parceiros comerciais da região, tem papel central nessa estratégia – reforçada recentemente tanto pelo presidente Xi Jinping quanto pelo presidente Lula.

Atenção ao tipo de viagem

A isenção vale apenas para viagens de curta duração e com fins específicos. Para estadias mais longas e atividades remuneradas, segue sendo necessário obter o visto. 

Fonte: Viagem e Turismo