O Pará consolidou sua posição de liderança na Região Norte, respondendo por 77,9% das exportações regionais, que totalizaram R$ 179,5 bilhões

Canaã dos Carajás foi a terceira cidade que mais exportou no país em 2024, com R$ 40,6 bilhões em 2024 ficando entre os três maiores exportadores do Brasil com um crescimento percentual de 3,06% em comparação com 2023, ficando atrás apenas das cidades do Rio de Janeiro (RJ) e Duque de Caxias (RJ), consolidando o Pará como relevante no comércio exterior em 2024.
O Estado registrou um saldo comercial positivo de R$ 127,6 bilhões. Os dados são do Ministério da Economia, analisados e divulgados pelo Centro Internacional de Negócios da Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA CIN).
Mineração
O resultado da balança comercial paraense em 2024 foi impulsionado pelo setor mineral, responsável por 84% do total exportado pelo Estado. Mesmo com uma variação negativa de -1,53%, o minério de ferro liderou o segmento, movimentando R$ 77,4 bilhões, com 168.532.705 toneladas, tendo a China como principal mercado. O cobre apresentou alta de 24,48% e alcançou R$ 18,5 bilhões; a alumina calcinada cresceu 16,33% e somou R$ 11,4 bilhão; e o alumínio não ligado e seus derivados tiveram um crescimento de 48,68%, registrando R$ 1,4 bilhões.
Outros produtos
Produtos como soja e carne bovina também ganharam destaque. Apesar da variação negativa de -9,31%, a soja exportou US$ 9,1 bilhões, tendo como principal comprador a China. Já a carne bovina registrou alta de 45,62% com valor exportado de R$ 4,4 bilhões, com destaque para os mercados da China e Oriente Médio. Os números refletem a ampliação de negócios com a China, a partir da habilitação de novas indústrias no Estado.
De acordo com Cassandra Lobato, coordenadora da FIEPA CIN, as expectativas para 2025 são promissoras, com a ampliação das relações comerciais entre o Brasil e países da Europa, a partir do acordo de livre comércio Mercosul-União Europeia, consolidado em dezembro de 2024.
“O Pará segue como líder da região Norte e as expectativas para a balança comercial do Estado são positivas, considerando fatores como a continuidade do crescimento das exportações, especialmente em setores estratégicos como mineração e produtos agropecuários. A diversificação das exportações, com foco em produtos não tradicionais, como soja e carnes, também pode contribuir para impulsionar o saldo comercial”, explicou a coordenadora.
Rotas de escoamento das exportações paraenses
Os principais modais usados no escoamento das exportações paraenses foram por via marítima, com destaque para o Porto de São Luís (MA) que movimentou R$ 98,3 bilhões, principalmente com minérios de ferro. O Porto de Belém (PA) registrou R$ 32,6 bilhões, tendo como principais produtos a soja e a alumina calcinada. Pelo porto de Santos (SP), foram R$ 3,4 bilhões, sendo a maior parte referente ao escoamento de carnes desossadas e congeladas de bovinos.
Já o porto de Santarém (PA) movimentou R$ 2,3 bilhões, com destaque para a bauxita não calcinada (minério de alumínio). No modal aéreo, o aeroporto internacional de Guarulhos (SP) escoou R$ 1,1 bilhões em produtos paraenses, entre os quais, bulhão dourado (ouro bruto).
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