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Café de Açaí: pesquisa pode aprovar consumo e venda do produto

As próximas reuniões técnicas já estão agendadas para ocorrer em março, bem como visitas técnicas às fábricas. Além disso, a equipe da Adepará trabalhará para que seja implementado um protocolo de padronização deste produto


Reunião para tratar sobre a regulamentação do café de açaí. Foto: Celso Lobo

Na última segunda-feira (26), em reunião ocorrida na sede da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará), a comercialização do café de açaí no Pará foi debatida através da apresentação dos relatórios de inspeção digital feitas por pesquisadores da Ufpa, Uepa e Ufra.


A reunião, que teve a presença de Manoel Messias, chefe de gabinete do deputado estadual Eraldo Pimenta (MDB), incentivador direto da produção na Assembleia Legislativa (Alepa), contou com representantes de algumas das empresas que já produzem o "café de açaí", que é o nome fantasia para o grão torrado de açaí. Os estudos foram entregues a equipe da área de Inspeção Vegetal da Adepará.


O principal objetivo traçado pelos produtores e pesquisadores é regulamentar a atividade que segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias Produtoras de Café de Açaí (Abica), é desenvolvida em mais de 50 fábricas existentes no Pará.


Orlando Nascimento, presidente da Associação Brasileira das Indústrias Produtoras de Café de Açaí. Foto: Celso Lobo

De acordo com Orlando Nascimento Silva, presidente da Associação, as fábricas produzem algo em torno de 50 toneladas por mês do produto, obtido a partir da torrefação e da moagem de caroços de açaí.


"Hoje é um momento histórico para a nossa associação. O relatório mostrou a eficácia: nada de contaminação, nada que faça mal ao ser humano. A Adepará é fundamental, ela quem vai regulamentar e que vai dar o padrão para que podemos trabalhar legalizados e com segurança", comemorou.


Os estudos, conforme os pesquisadores, comprovam a inocuidade do “café de açaí” como bebida, produto derivado da utilização do caroço do açaí.


“Nessas pesquisas preliminares nós obtivemos bons resultados de que esse produto não vai causar mal à saúde humana”, disse a professora doutora da UFRA, Carissa Bichara, engenheira de alimentos.


Além dos pesquisadores, o fiscal estadual agropecuário José Severino Souza Silva, da Gerência de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal, mostrou as etapas para a regulamentação e aquisição do registro na Agência de Defesa. Por se tratar de um produto artesanal regional, necessitará de um selo de inspeção vegetal que é emitido pela Adepará e permite a comercialização do produto em todo o Estado.


“As empresas precisam se adequar às nossas leis e regulamentos, que estabelecem como o produto vai ser feito, quais as condições sanitárias exigidas, instalações, máquinas, equipamentos, tudo que tem que ser feito para um produto sair para uma rotulagem com segurança alimentar e possa circular em todo o Estado do Pará”, explicou José Severino.


Severino explicou ainda que depois do padrão estabelecido pelo Estado, o produto pode ir para apreciação de outros órgãos fiscalizadores e, quem sabe, conseguir uma autorização para ser comercializado em todo país.


“Nós vamos adequar, nós vamos escrever o padrão, estabelecer o regulamento e possivelmente depois ir adequando as unidades produtivas de acordo com esses regulamentos”, disse o fiscal.


Para Lucionila Pimentel, diretora de defesa e inspeção vegetal da Adepará, os próximos passos serão dados no sentido de garantir a brevidade da aprovação.


"Já foi agendado aqui nessa reunião é apresentar a minuta de padronização para a aprovação da comissão estadual de padronização. A partir dessa aprovação, a Adepará vai trabalhar regulamentar o produto. Nós também trabalharemos uma minuta de portaria que vai para aprovação do nosso setor jurídico e assim que aprovado publicaremos uma portaria regulamentando o registro por produto artesanal na mais brevidade possível, nós pedimos celeridade total para esse trabalho. O registro é obrigatório", informou trabalhando com a previsão de prazo de no máximo um mês.


Foto: Celso Lobo

OPORTUNIDADE DE BIOECONOMIA NA COP30

Luciano Braga é desenvolvedor do grão de açaí torrado há quatro anos e produz grão de açaí torrado e moído juntamente com a esposa. Para o produtor, essa é uma grande oportunidade de desenvolver empreendedorismo e bioeconomia juntamente com as comunidades ribeirinhas expandido ao interior do Estado, o que culmina com o objetivo da COP30.


“A expectativa é que esse produto venha trazer renda para o interior do Estado, para essas comunidades ribeirinhas que estão em voga com esses problemas socioeconômicos. Estamos falando de bioeconomia, de um produto da nossa região amazônica. É de grande expectativa ver esse produto ganhando as prateleiras, gerando renda para a nossa população. Eu penso que a COP30 tem que trazer um legado, não só do ponto de vista da infraestrutura, de mobilidade urbana pras cidades, mas sim que impacte as pessoas que vivem no campo.”, comentou.


PRÓXIMAS REUNIÕES

As próximas reuniões técnicas já estão agendadas para ocorrer em março, bem como visitas técnicas às fábricas. Além disso, a equipe da Adepará trabalhará para que seja implementado um protocolo de padronização deste produto, conforme adiantou a diretora Lucionila Pimentel.


Divulgação


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