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Brasil ganha maior projeto de transmissão de energia da história; investimento de R$ 18,1 bilhões

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O governo federal deu início à maior obra de transmissão de energia elétrica já licitada no Brasil, com investimentos estimados em R$ 18,1 bilhões e previsão de geração de mais de 30 mil empregos. O empreendimento conecta a Subestação Graça Aranha, no Maranhão, à Subestação Conversora Silvânia, em Goiás, com cerca de 1.500 quilômetros de extensão e passagem por 42 municípios em três estados: Maranhão, Tocantins e Goiás.


A cerimônia que marcou o início da construção da Subestação Silvânia ocorreu no dia 30 de junho, em Goiás, e contou com a participação virtual do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. A estrutura é uma das peças-chave do projeto Graça Aranha – Silvânia, classificado como o maior investimento do setor elétrico nacional nos últimos anos.


“Essa obra é fundamental para escoar toda a energia renovável gerada, principalmente, no Norte e Nordeste do país. Ela é resultado do nosso planejamento para ampliar ainda mais a integração energética nacional”, destacou o ministro Alexandre Silveira durante a cerimônia.


Integração energética e fortalecimento do SIN

O projeto fortalece o Sistema Interligado Nacional (SIN) ao permitir o transporte eficiente da energia gerada em regiões com alto potencial renovável para os grandes centros de consumo. A linha Graça Aranha – Silvânia é estratégica para garantir o equilíbrio da matriz elétrica brasileira, que depende cada vez mais da geração eólica, solar e hídrica.


A obra, contratada em 2023, simboliza a retomada do planejamento energético de longo prazo e está inserida no Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC). Com o avanço das obras, o país se prepara para enfrentar desafios de demanda crescente e atender seus compromissos climáticos, especialmente no contexto da próxima COP30, que será sediada em Belém (PA), em 2025.


Apoio internacional e marco regulatório confiável

Durante o evento, o ministro leu uma mensagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que destacou o papel do Brasil no cenário global da transição energética e a relevância do projeto para atrair investimentos estrangeiros.


“Temos projetos e visão de futuro, consolidado no Novo PAC, um grande plano de obras estruturantes. E temos um sistema interligado que causa inveja no mundo – e que está sendo ainda mais reforçado com este grande investimento”, afirmou o presidente em nota.


Segundo Lula, o projeto representa um dos maiores aportes internacionais em infraestrutura fora da China. Os recursos vêm em parte do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), conhecido como Banco dos BRICS, presidido pela ex-presidente Dilma Rousseff.


“Trata-se de um dos maiores aportes chineses em obras de infraestrutura fora da própria China. Ação que só está sendo possível porque temos um marco regulatório estável, previsível e com credibilidade mundial. E porque estamos fortalecendo o papel dos BRICs e mostrando que os fluxos de investimento não precisam se limitar à velha ordem hegemônica”, concluiu o presidente Lula.


Benefícios socioeconômicos e ambientais

Além da geração de empregos diretos e indiretos estimada em mais de 30 mil, o projeto impulsionará o desenvolvimento socioeconômico nas regiões atravessadas, com a contratação de serviços, fornecimento de materiais e obras civis. Municípios de baixa densidade econômica serão beneficiados por investimentos em infraestrutura, mobilidade e qualificação de mão de obra.


Do ponto de vista ambiental, a linha reforçará o escoamento de energia limpa, reduzindo a necessidade de acionamento de termelétricas fósseis e contribuindo para a descarbonização da matriz elétrica nacional. A medida está alinhada às metas do Brasil no Acordo de Paris e consolida o país como líder em energias renováveis.


Conclusão

A construção da linha de transmissão Graça Aranha – Silvânia marca um novo capítulo na infraestrutura energética do Brasil. Com robustez técnica, capital estrangeiro e foco em energia limpa, o empreendimento consolida o papel estratégico do país na transição energética global e fortalece a soberania energética nacional.


Ao integrar três regiões e permitir o fluxo eficiente de energia renovável, o projeto também confirma a eficácia do marco regulatório do setor elétrico e o compromisso do governo federal com a segurança, estabilidade e sustentabilidade do suprimento de energia para os brasileiros.


Publicado originalmente no site Cenário Energia

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