Bilhões de reais saíram do sistema financeiro para o mundo cripto, diz especialista
- Redação
- 13 de jun.
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Segundo Marcel Smetana, é preciso entender se o cliente foi em busca de uma nova possibilidade de investimento
Já se nota um impacto de bilhões de reais que saíram do sistema financeiro tradicional e foram para o mundo cripto no Brasil e bilhões de dólares no mundo, disse Marcel Smetana, especialista de estratégia regulatória do Bradesco, durante painel da Febraban Tech 2025.
Segundo Smetana, é preciso entender se o cliente foi em busca de uma nova possibilidade de investimento, de uma alternativa para remessa internacional, ou de alguma outra possibilidade no mundo descentralizado que ele não via nos bancos. “Temos uma necessidade de adaptação e temos adaptações regulatórias também. Antes, ou não havia uma regulação clara ou precisava de uma regulação nova e isso está mudando”, disse o especialista.
O Bradesco já iniciou testes com a utilização de stablecoins – criptomoedas de valor atrelado ao de alguma divisa tradicional, como o dólar – e possui um fundo de investimento focado em bitcoin. Além disso, o banco trabalha no projeto piloto do Drex, iniciativa do Banco Central (BC) de tokenização do sistema financeiro. Smetana destacou que o Bradesco testa no Drex o uso de CDB como colateral em empréstimos e a tokenização das debêntures. “O Brasil pode avançar muito em empréstimos com garantias. O Bradesco já permite que o cidadão dê seu CDB em garantia no empréstimo, mas é difícil fazer isso com um CDB de outra casa. Estamos tentando trazer no Drex essa interoperabilidade e intercambialidade de papéis”, afirmou.
Ao lado dele, André Portilho, sócio e head de ativos digitais do BTG Pactual e da Mynt, comentou que, em um futuro de ativos financeiros registrados em blockchain, não vai ocorrer mais de o BTG ter um padrão e o Bradesco outro. “Todos vão falar a mesma língua na interconexão de produtos, o que permitirá uma diversidade de produtos maior”, projetou.
Fonte: Valor Econômico
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