Belém registra inflação de 0,46% em novembro, acima da média nacional

Reclamações de consumidores diante da redução do poder de compra pode representar ameaças e oportunidades para os negócios locais

Foto: Reprodução/Grupo Líder

A inflação em Belém atingiu 0,46% em novembro, superando a média nacional de 0,39%, conforme o IPCA divulgado pelo IBGE nesta terça-feira (10/12). O setor de alimentação foi o mais impactado, com alta de 2,81% para alimentos em domicílio. Outros grupos como transporte (1,39%) e despesas pessoais (0,45%) também registraram aumentos significativos.

Apesar de ultrapassar a média nacional, a inflação desacelerou em relação a outubro, quando foi de 0,78%. No acumulado do ano, Belém apresenta uma leve redução, de 4,82% em 2023 para 4,80% até novembro de 2024.

Impactos

Para os negócios na região, o cenário apresenta desafios e oportunidades. A redução do poder de compra dos consumidores pode diminuir a demanda por produtos e serviços, especialmente itens não essenciais. Pequenos empresários, que enfrentam dificuldades para absorver ou repassar aumentos de custos, estão entre os mais afetados.

Além disso, setores que dependem de insumos e transportes estão sentindo os efeitos do aumento de despesas operacionais. Produtos como café e queijo, mencionados por consumidores como itens que tiveram alta significativa, ilustram o impacto nos custos e na reorganização das cestas de consumo.

Por outro lado, o momento exige adaptação e criatividade. Empresas que conseguem oferecer alternativas mais econômicas, renegociar contratos com fornecedores e inovar em suas estratégias de vendas podem encontrar oportunidades de crescimento. A inflação também incentiva a busca por maior eficiência operacional, crucial para negócios que desejam se manter competitivos neste ambiente desafiador.

A economia de Belém, fortemente baseada em setores como alimentação e serviços, depende da capacidade de adaptação das empresas para mitigar os impactos da inflação e continuar atendendo às necessidades dos consumidores.