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Belém é a 2ª cidade do Brasil com maior alta na cesta básica em janeiro de 2025

Os belenenses enfrentaram um aumento de 4,80% nos preços. Entenda os impactos no mercado na capital


Belém é a 2ª cidade do Brasil com maior alta na cesta básica em janeiro de 2025
Foto: reprodução

O custo da cesta básica em Belém teve 4,80% em janeiro de 2025. Segundo levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a alta dos preços atingiu 13 das 17 capitais pesquisadas. A maior variação foi registrada em Salvador (6,22%), seguida por Belém (4,80%) e Fortaleza (3,96%).


Custo da cesta básica em Belém e no Brasil

O levantamento do Dieese revelou que a cesta básica mais cara do país está em São Paulo, onde o valor chegou a R$ 851,82, o que representa cerca de 60% do salário mínimo oficial de R$ 1.518. Já em Belém, a cesta básica custou R$ 697,81, valor que, apesar de mais baixo em comparação com outras capitais, impacta diretamente o orçamento das famílias paraenses.


Salário mínimo e impacto sem poder de compra

O estudo apontou que, para suprir todas as necessidades básicas de uma família de quatro pessoas, o salário mínimo ideal deveria ser de R$ 7.156,15. Atualmente, o salário mínimo oficial está fixado em R$ 1.518, representando menos de 30% do valor necessário.

Além disso, de acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a renda média do trabalhador brasileiro foi de R$ 3.279,00 em outubro de 2024, demonstrando um descompasso entre o custo de vida e os ganhos da população, impactando o mercado pela redução no poder de compra.


Principais itens que influenciaram o aumento da cesta básica

O Dieese listou os principais produtos responsáveis ​​pela alta dos preços:


  • Café em pó: registrou aumento em todas as capitais evidenciadas nos últimos 12 meses.

  • Tomate: sofreu aumento de preço em cinco cidades e aumentou mais de 40% em Salvador, Belo Horizonte, Brasília e Rio de Janeiro, devido às chuvas.

  • Pão francês: apresentado alta em 16 capitais, reflexo da menor oferta de trigo no Brasil e da necessidade de importação com câmbio desvalorizado.


Por outro lado, alguns itens ajudaram a conter um aumento ainda maior na cesta básica:


  • Batata: preço em queda em todas as capitais pesquisadas.

  • Leite integral: apresentado redução em 12 cidades em dezembro.

  • Arroz e feijão preto: tiveram queda de preços devido ao aumento da oferta no mercado.


Impacto do aumento no custo de vida em Belém e no mercado local

O aumento de 4,80% na cesta básica em Belém reflete diretamente no custo de vida da população. Com o preço dos alimentos subindo acima da inflação, muitas pessoas precisam reduzir o consumo de itens essenciais ou buscar alternativas mais baratas para manter a alimentação.


O cenário reforça a necessidade de políticas públicas externas para o controle da inflação e a valorização do poder de compra dos trabalhadores, garantindo maior estabilidade financeira no mercado local.


O alto preço da cesta básica pode provocar uma série de impactos para diversos setores do mercado local, afetando não apenas as empresas diretamente ligadas à alimentação, mas também setores como turismo, varejo e outros negócios. Confira alguns desses resultados:


  1. Setor de Turismo:


    • Redução na demanda por serviços turísticos: Com o aumento dos gastos com itens essenciais, os consumidores têm menos recursos disponíveis para viagens, lazer e hospedagem, rapidamente a procura por pacotes turísticos e serviços relacionados.

    • Impacto na competitividade dos destinos: O aumento geral dos preços pode tornar a cidade menos atrativa para turistas, especialmente se os custos locais elevados forem percebidos como um fator negativo.

    • Queda no fluxo de turistas: Tanto turistas locais quanto estrangeiros podem optar por destinos com melhor custo-benefício, afetando hotéis, restaurantes, agências de viagens e outros estabelecimentos do setor.


  2. Setor de Varejo:


    • Diminuição do consumo de bens não essenciais: Com a renda comprometida pelos altos preços dos itens básicos, os consumidores tendem a priorizar as despesas essenciais, diminuindo as compras de produtos considerados supérfluos.

    • Redução das margens de lucro: Pequenos e médios varejistas podem ver uma queda no faturamento, forçando uma revisão de estratégias de preços e de promoção para atrair um público cada vez mais cauteloso.

    • Pressão para ajustar o mix de produtos: Lojas e supermercados podem ter que reavaliar seu portfólio, dando maior ênfase a produtos de necessidade imediata e ajustando ofertas para estimular a demanda.


  3. Empresas e Negócios em Geral:


    • Aumento dos custos operacionais: Negócios que dependem de insumos alimentares (como restaurantes, padarias e lanchonetes) podem sofrer com a elevação dos custos, sendo forçados a repassar esses aumentos para os consumidores ou buscar alternativas para manter a margem de lucro.

    • Pressão sobre alongamento e benefícios: Os funcionários podem exigir reajustes salariais para compensar a perda do poder de compra, aumentando os custos fixos das empresas.

    • Incertezas e redução de investimentos: Em um cenário econômico instável, os empresários podem adiar investimentos, ampliar estoques ou reduzir gastos, o que impacta a dinamização da economia local.

    • Necessidade de inovação: As empresas podem ser forçadas a compensar seus modelos de negócio, investir em tecnologias para melhorar a eficiência e buscar alternativas para reduzir custos e atrair clientes mesmo em tempos de crise.


  4. Efeitos na Economia Local:


    • Efeito em cascata em toda a cadeia produtiva: A instabilidade no preço dos alimentos pode influenciar outros setores, elevando os custos de produção e impactando diversos segmentos, desde o transporte até a indústria de serviços.

    • Redução do consumo geral: A diminuição do poder aquisitivo dos consumidores tem um efeito direto na demanda por produtos e serviços, o que pode resultar em um ciclo de retração econômica para uma região.

    • Desafios para a competitividade: Empresas que se adaptam a esse cenário, ajustando seus preços, diversificando ofertas ou adotando estratégias de redução de custos, podem ganhar vantagem competitiva, enquanto outras podem enfrentar dificuldades para se manter no mercado.


Em resumo, o alto preço da cesta básica não afeta apenas o bolso dos consumidores, mas desencadeia uma série de reações em cadeia que podem comprometer a vitalidade de setores essenciais da economia local, exigindo que empresas e gestores públicos adotem medidas para mitigar esses efeitos e estimular a retomada do consumo e dos investimentos.

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