Amazônia terá maior trilha sinalizada da América Latina
- Redação

- 8 de out.
- 4 min de leitura
Com 460 km de extensão no Pará, a Trilha Amazônia Atlântica será lançada na COP30 como símbolo da união entre preservação ambiental, geração de renda e lazer sustentável

Em breve a Amazônia brasileira abrigará a maior trilha da América Latina, com quase 460 km, atravessando o estado do Pará. A estruturação e a sinalização da Trilha Amazônia Atlântica estão em fase final. O lançamento oficial do trecho será realizado durante a COP30, como parte das ações do governo brasileiro que visam aliar conservação ambiental, promoção de emprego e renda e lazer.
Antes restrita a alguns trechos percorridos por aventureiros, a trilha agora poderá ser feita em sua totalidade. O percurso conta com mapas, sinalização, orientações para os caminhantes e o apoio de moradores locais, pequenos prestadores de serviços e empreendedores capacitados pela iniciativa. Além disso, o traçado foi planejado para garantir o menor impacto ambiental possível, permitindo a circulação da fauna e oferecendo um caminho ainda mais atrativo aos visitantes.
A expectativa do Ministério do Meio Ambiente e da Mudança do Clima (MMA) é que, no primeiro ano de abertura da trilha, 10 mil pessoas percorram o trecho, que poderá ser feito a pé ou de bicicleta.
De acordo com o diretor do Departamento de Áreas Protegidas do ministério, Pedro Cunha e Menezes, turistas estrangeiros interessados em trilhas na Amazônia costumam buscar destinos como Peru, Equador e Colômbia, onde já existem percursos estruturados nesse formato. A proposta é atrair parte desse fluxo internacional e também fortalecer o turismo nacional.
Menezes ressaltou que a interligação entre as unidades de conservação proporcionada pela trilha tem papel fundamental na proteção dos animais que vivem na região. “Essa política está fazendo com que a gente passe a ter corredores florestados entre as unidades de conservação, que são usados para o turismo e recreação, mas também pela fauna, para se movimentar entre as unidades de conservação, permitindo a sua migração”, explicou.
Ainda conforme o representante do MMA, a criação da rota faz parte da Rede Nacional de Trilhas de Longo Curso e Conectividade (RedeTrilhas) do governo federal, que visa conectar o Brasil, hoje formado principalmente por moradores de áreas urbanas, à natureza, por meio da gestão da população.
“Uma trilha dessa é um equipamento importante para gerar orgulho e sentimento de pertencimento nas populações tradicionais do Salgado Paraense, e também ajudá-las criando uma nova alternativa de geração de emprego e renda, além das suas atividades tradicionais já preexistentes. A gente pode dizer que a trilha Amazônia Atlântica é turismo de base comunitária na veia, é a marca do governo Lula, é a marca da administração Marina Silva”, complementou Menezes.
O trabalho está em alinhamento com a Convenção da Diversidade Biológica, da qual o Brasil é signatário. Esse tratado internacional prevê três pontos centrais: a conservação da biodiversidade, o uso sustentável dos recursos naturais e a repartição justa e equitativa dos benefícios gerados pela utilização dos recursos genéticos.
Percurso
O trajeto da trilha atravessa sete unidades de conservação: reservas Extrativistas Marinhas Tracuateua, Caeté-Taperaçu, Araí-Peroba, Gurupi-Piriá, a Área de Proteção Ambiental Belém, o Refúgio de Vida Silvestre Metrópole da Amazônia e o Parque Estadual do Utinga Camilo Vianna - e seis territórios quilombolas: Torres (Tracuateua), América (Bragança), Pitimandeua (Inhangapi), Macapazinho (Castanhal), Santíssima Trindade (Santa Isabel do Pará) e Macapazinho (Santa Isabel do Pará).
A iniciativa foi idealizada pelo Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (IDEFLOR-Bio), que mapeou trechos já utilizados por ciclistas. Segundo Julio Cesar Meyer, um dos responsáveis pelo projeto e atual diretor da Trilha Amazônia Atlântica, as comunidades locais também demonstravam interesse em oferecer melhor estrutura aos visitantes. De acordo com ele, essa combinação é fundamental inclusive para recuperar áreas degradadas.
“Essas 13 áreas protegidas se tornaram atrativos relevantes. Dentro da lógica do ecoturismo, as pessoas percebem que podem aumentar a renda a partir da preservação ambiental, o que estimula tanto a conservação do que ainda existe quanto a recuperação do que já foi perdido”, afirmou Meyer.
Veja os municípios que integram o percurso: Belém → Ananindeua → Marituba → Benevides → Santa Isabel do Pará → Castanhal → Inhangapi → São Francisco do Pará → Igarapé-Açu → Santa Maria do Pará → Nova Timboteua → Peixe-Boi → Capanema → Tracuateua → Bragança → Augusto Corrêa → Viseu.
Turismo
Pedro Cunha e Menezes destacou que o trajeto estruturado reúne uma ampla variedade de atrativos. Segundo ele, a Trilha Amazônia Atlântica permite ao visitante conhecer o modo de vida das populações extrativistas - como coletores de caranguejo, exploradores de babaçu, pequenos agricultores e pescadores - e também vivenciar a natureza em sua face atlântica, atravessando florestas, manguezais, campinas e áreas de relevo que revelam paisagens marcantes, como pores do sol de grande beleza. “Considero, particularmente, que é uma das trilhas mais bonitas do Brasil”, afirma.
Para garantir suporte àqueles que fizerem o percurso, a plataforma digital eTrilhas lançou o projeto Trilha Amazônia Atlântica. A empresa participou do Edital de Aceleração Sustentável da EmbraturLAB e foi escolhida entre oito soluções que compuseram a etapa do edital, em que as equipes do programa de inovação apresentaram seus projetos para uma banca avaliadora.
Pelo app eTrilhas, os visitantes poderão conhecer os prestadores de serviços nas proximidades entrando em contato diretamente com eles. Os empreendedores, por sua vez, têm seus serviços e produtos listados na plataforma para ofertá-los aos turistas. Será possível ter acesso a essa vitrine de oportunidades por meio de um QR code fixado nos estabelecimentos cadastrados.
Esforços conjuntos
O projeto é fruto do trabalho conjunto entre comunidades tradicionais, voluntários, o MMA, o Ministério do Turismo (MTur), a Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o Instituto de IDEFLOR-Bio e a Conservação Internacional (CI).
Por Laura Marques/COP30



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