"A questão logística de Belém não está sob a minha responsabilidade”, diz presidente da COP 30
- Redação
- há 1 dia
- 2 min de leitura
Para Corrêa do Lago, o Governo Federal, em parceria com o Governo do Pará, já está buscando soluções viáveis para a situação

O presidente da COP30, o embaixador André Corrêa do Lago, participou nesta terça-feira (27) do segundo dia do Fórum de Finanças Climáticas e de Natureza, no Rio de Janeiro. Durante o evento, ele destacou que, apesar das críticas à infraestrutura da cidade, a conferência será realizada em Belém, no mês de novembro.
Corrêa do Lago foi questionado sobre algumas das dificuldades relatadas por participantes para encontrar acomodações na capital paraense, além de rumores sobre o possível deslocamento de parte da programação da COP para fora de Belém, de acordo com informações do portal O Globo.
O embaixador enfatizou que a logística do evento não é de sua responsabilidade e reforçou que a estrutura da conferência será mantida na capital do Pará.
“A questão logística de Belém não está sob a minha responsabilidade. A ideia é que toda a estrutura aconteça na cidade. A questão do momento se limita ao preço dos hotéis, que está incompatível. Acredito que não há necessidade de realizarmos atividades fora de Belém durante os dias da COP.”
Lideranças da China, Alemanha, Reino Unido e Noruega expressaram ao governo brasileiro preocupações quanto à infraestrutura para receber as comitivas oficiais e representantes da sociedade civil.
O presidente apontou que o principal problema atualmente é o custo elevado das hospedagens, que não acompanha a demanda crescente. Ele também mencionou que o aeroporto da cidade ainda não está pronto, conforme reportado pelo colunista Lauro Jardim.
“O preço dos hotéis está completamente incompatível com o que é necessário para que todas as delegações possam vir. Se as delegações não podem vir por causa do preço, não há conferência”, afirmou.
Corrêa do Lago também comentou sobre a meta de arrecadação de US$ 1,3 trilhão por ano para mitigar os efeitos das mudanças climáticas, uma das prioridades do evento.
“Pedi a um grupo de economistas que me apoiasse nesse esforço. Em paralelo, criamos o Círculo de Ministros da Fazenda para contribuir com a implementação do combate às mudanças climáticas”, explicou.