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3 Apostas Do Que Podemos Esperar De 2022


3 Apostas Do Que Podemos Esperar De 2022
Guilhermo Aita, colunista Belém Negócios

O metaverso será colonizado em 2022 pelas Big Tech?


Antes de tudo: o metaverso não é uma novidade e muito menos uma criação do Facebook. O conceito surgiu no livro de ficção científica Snow Crash, do escritor Neal Stephenson, em 1992.


Na história, o metaverso é um mundo virtual em 3D povoado por avatares de pessoas como nós, interagindo com diversos tipos de experiências, e é daí que surge o termo e suas ideias.


Ou seja, para aqueles que querem um conceito mais robusto, Matthew Ball define metaverso como:


“O metaverso é uma rede permanente de mundos em 3D renderizados em tempo real e simulações que suportam a continuidade de identidade, objetos, história, pagamentos e direitos, que podem ser experimentados de forma sincronizada por um número efetivamente ilimitado de usuários, cada um com um senso de presença individual.”


E com este conceito em mente, e uma visão de novo mundo, as grandes empresas do globo estão de olho na possibilidade de povoar o metaverso, com suas marcas afim de que nós, pobres consumidores tenhamos o que experimentar, comprar ou alugar nesta nova terra.


Mas a uma pergunta paira no ar, é se o metaverso será dividido entre “planetas digitais”, ou seja, cada marca com seu mundinho particular e o consumidor pagará individualmente para acessar cada um ou nós teremos a união de vários mundos, de livre trânsito?


Se eu posso dar alguma contribuição ao tema, é que se as Big Tech tentarem o monopólio sobre o metaverso, estas fracassarão vergonhosamente. Isso porque, mesmo que sejam criados inúmeros mundos, cada um pertencente a uma empresa, o consumidor não vai querer ficar logando e deslogando entre os mundos ou ter que pagar licenças para entrar em cada mundo ou para manter o seu avatar.


Uma vez que a ideia de metaverso traz características parecidas ao do mundo real e globalizado, o princípio basilar para que ele possa crescer e existir é o do livre trânsito, ou seja, é como se o metaverso fosse regido pelas regras do open bank, onde o consumidor pode pegar meus dados, dinheiro e informações e levar de um banco para outro livremente e sem taxas.


O bom é que, a tecnologia que se sustenta a criação o do metaverso, pelo menos os dois mais famosos a Decentraland e o The Sandbox, é a blockchain, uma tecnologia conhecida por seguir os princípios da descentralização e da possibilidade de qualquer um entrar e construir algo sobre ela, ou seja, um terreno fértil para que qualquer empresa venha e crie o seu pedacinho do céu ao lado da vizinha.


E se você é alguém arrojado que não pode ficar for deste novo mundo, mas não tem qualquer aptidão para desenvolver um metaverso, saiba que já existem empresas vendendo terrenos no metaverso, para que você possa construir a sede digital da sua empresa ou da sua casa.


Por fim, minha aposta é que 2022 vai ser o ano para as empresas decidirem se vão querer criar cada uma seu mundo e levantar barreiras de entrada ou se vão todas dar as mãos e deixar livre as pontes entre os mundos criados.

Qual o futuro da pandemia?


Eu não poderia deixar de tocar nesse ponto.


Diferentemente do que muitos imaginam, não tenho a menor pretensão de prever aqui qual variante tomara conta do nosso planeta, quais medidas sanitárias devem ser tomadas por você ou pelos governos, ou ainda como podemos salvar a economia.


Se até agora você não aprendeu como ficar “seguro”, tem o sonho de que os governos ajam diferente do que agiram antes, ou não percebeu que independentemente do que ocorra a economia sempre segue em frente, acho que o problema talvez não esteja no externo, mas sim, em você.


Mas não é para você se sentir ofendido com o que eu falo. É para você parar e pensar como a pandemia lhe mudou ou afetou. Todos nós tivemos perdas, distanciamento e incertezas sobre o amanhã, e se você diz que não foi afetado por nada disso, você é um robô.

A OMS apresentou inúmeros relatórios mostrando que as taxas de depressão (50%), ansiedade (45%) e insônia (34%) aumentaram no mundo inteiro, assim como, 20% dos Canadenses de 15 a 49 anos aumentaram seu consumo de álcool durante a pandemia.


E isso não ocorreu só fora do Brasil. O Mercado Livre mostrou que os itens mais consumidos na sua plataforma de e-commerce em 2021, foram os itens de supermercado, e entre eles o leite condensado e cerveja foram os mais vendidos, superando os eletrônicos e os jogos, ou seja, o brasileiro está dentro das estatísticas.


Então, sobre pandemia o que eu vejo no horizonte de 2022?


Acredito que nossa maior briga em 2022 não será contra uma variante do COVID, mas em favor da saúde mental do seu humano. Sem saúde mental, não temos a capacidade de gerar bons plano, de gerir nossas vidas, de nos relacionarmos saudavelmente ou de desenvolver nossos trabalhos com qualidade.


E pensando nisso, temos de começar a pensar em ampliação e reorganização dos serviços de saúde mental que agora serão necessários em escala global, assim como, readequar os planos de saúde atuais, para que seja garantida a cobertura de pacientes com problemas de saúde mental.


Mas ao contrário do que muitos podem ver ao olhar para um problema tão grande como esse, eu vejo um ambiente cheio de oportunidades, para que empresários e empresas do mercado de inovação criem soluções praticas, baratas e globais, a fim de resolver os problemas que já estamos enfrentando, ajudando assim aos consumidores e a economias do globo.


E por fim, 2022 é o ano para que a classe dos psiquiatras e psicólogos abraçarem de vez a digitalização de seus serviços, a fim de que seus pacientes sejam encontrados em qualquer lugar que estejam, pois, sem uma saúde mental saudável todo o resto desmorona.


Não há plano governamental, econômico e sanitário que se salve se o operador deste plano não estiver com sua saúde mental em dia.

Quem irá apostar nas empresas com foco em ESG?


ESG é uma sigla que significa Environmental, Social and Corporate Governance (ambiente, social e governança empresarial) e que se tornou uma forma de definir se as operações das empresas são responsáveis, ou seja, o quanto um negócio busca meios de minimizar seus impactos ao meio ambiente, se preocupa com as pessoas e adota boas práticas administrativas.


Nos últimos anos, os investidores em todo o mundo se envolveram cada vez mais com o conceito de “investimento responsável”, impulsionado pela crescente conscientização de questões como mudanças climáticas, diversidade de gênero e impacto no meio ambiente.


Globalmente, mais de US$30 trilhões em ativos são gerenciados por fundos que definiram estratégias sustentáveis, o que fez com que desde 2020 quase toda aceleradora, incubadora, Pitch para investidores e Empresas registradas na B3 colocasse no meio do seu marketing uma linha sobre suas práticas de ESG.


Desta forma, neste cenário a medida que mais investidores incorporem ESG em suas estratégias de investimento, mais pressão será colocada em empresas cujos processos parecem não contribuir positivamente para tais objetivos.


Neste mesmo caminho segue o mercado consumidor, o qual segundo a pesquisa da Nielsen 81% dos consumidores acreditam fortemente que as empresas devem ajudar a melhorar o meio ambiente e mais de 60% dos consumidores estão muito ou extremamente preocupados com a poluição do ar, da água, uso de embalagens, resíduos de alimentos.


Ou seja, se você é investidor da bolsa ou de startups, fique de olho nas empresas que incorporam os preceitos ESG, pois certamente estas serão as empresas que mais terão crescimento e que terão as ações mais valorizadas nas bolsas mundiais no ano de 2022.



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